sábado, 26 de julho de 2008

REFLEXÃO SOBRE O WORKSHOP

A apresentação final até que foi meio tranquila no grupo em que eu estava. O professor e as tutoras procuram ressaltar os pontos positivos de cada trabalho, não deixando de sugerir melhorias que sejam significativas para os próximos trabalhos e prática em sala de aula.

Na minha apresentação procurei sintetizar o que escrevi no trabalho final, falando das concepções sobre espaço e tempo, sobre minhas aprendizagens e sobre o plano individual de estudos.
Nesta última parte do trabalho pude explicar o porquê de não ter realizado as atividades no tempo determinado, que não estava conseguindo conciliar todas as atividades que tenho. O professor fez algumas considerações acerca do meu trabalho escrito enfatizando que dava para perceber que eu andei afastada das atividades durante o semestre, pela falta de consistência principalmente nos conceitos apresentados em meu trabalho.
As considerações apresentadas pela banca sobre as possibilidades e importância do curso foram muito significativas para mim, que muitas vezes já pensei em desistir, mas tenho consciência de que este curso tem que ter prioridade em minha vida para não ser mais um peso nas minhas costas. É o que vou fazer e já estou fazendo, dando prioridade ao curso, mesmo com tanto tempo de atraso, mesmo agora estou tendo que deixar outros afazeres de lado para me dedicar aos estudos.

As apresentações das colegas foram muito significativas para mim, pois é importante ver como as pessoas aprendem mais se dedicando aos estudos e realização das tarefas no prazo solicitado, é explícito que o acompanhamento progressivo do semestre deixa marcas, aprendizados melhor consolidados. A banca valorizou a forma e organização das apresentações, a coerência do discurso das colegas valorizando os pontos positivos.
Uma colega citou a frase de Rubem Alves “Educar não é ensinar respostas, é ensinar a pensar” e o professor explicou que não concordava com tal afirmação. Falou que acreditamos nestas pessoas ditas importantes para a educação porque são famosas e esquecemos que também são seres humanos e tem seus defeitos, parece que pensamos que por serem tão importantes não erram.
No meu trabalho também citei esta frase, que durante a apresentação justifiquei sua consistência interpretando-a não exatamente do ponto de vista de ensinar a pensar, pois naturalmente as pessoas pensam, mas no sentido de incentivar, levar os alunos a pensarem e refletirem sobre os assuntos, buscando por si mesmos as respostas aos problemas que aparecerem.

SEMINÁRIO INTEGRADOR IV

Com a leitura dos textos e o vídeo "O Saber e o Sabor" pensei muito na função da escola atualmente.
Duas falas do vídeo me marcaram muito:

“O aprender não é espontâneo, o ensinar não é espontâneo. Por isso foi inventado a escola. Se a educação fosse espontânea não precisaríamos da escola”. Madalena Freire.

“Educar não é ensinar respostas, é ensinar a pensar”. Ruben Alves.
Refleti sobre o prazer em aprender, que impulsiona os alunos a quererem cada vez mais aprender.

Sobre a curiosidade que nos impulsiona a ações relevantes e até inesperadas em busca do saber.

Não é fácil fazer parte dessa estrutura montada para ensinar e aprender, e nesse caminho muitos se perdem, são aueles que não conseguem se integrar nesse sistema, que poderia não ser o único.

As crianças são intrinsecamente curiosas, motivadas a descobrir, a entender e a explicar o entorno, e devem ser incentivas, provocadas a buscar novos conhecimentos.

O Ensinar é um desafio que vencemos cada vez que vemos no olhar de um aluno a satisfação por ter descoberto algo novo.

REPRESENTAÇÃO DO MUNDO PELA MATEMÁTICA

No início do semestre estudamos seriação e classificação, o que para mim foi muito significativo. Aprendi a diferenciar o que desde o magistério eu já tinha estudado, trabalhado em sala de aula, mas não compreendia certas diferenças. A seriação e classificação são conceitos distintos mas interligados.
SERIAR - realizar uma série de objetos seguindo uma ordem.
CLASSIFICAR - separar elementos e agrupá-los de acordo com suas semelhanças.

Os números estão presentes na minha vida em todos os momentos: nas horas, quanto tempo tenho disponível para cada atividade, quantas atividades tenho programadas, o tamanho dos objetos, as distâncias percorridas, a quantidade de comida a ser feita, a ser ingerida...

A criança aprende primeiro interagindo no ambiente em contato com o objeto para depois abstrair e ter a capacidade de representar sem a presença do objeto.

A importância da problematização nas escola inserindo questões que façam os alunos pensarem em alternativas possíveis para a resolução e não apenas em buscar respostas utilizando um caminho programado.

O campo aditivo e o multiplicativo, que compreendem as quatro operações, de forma que sejam trabalhadas a partir de construção de conceitos - CAMPOS CONCEITUAIS - em que os alunos construam um aprendizado significativo e saibam argumentar sobre o que estão fazendo.

REPRESENTAÇÃO DO MUNDO PES CIÊNCIAS NATURAIS

Em ciências aprendi neste semestre sobre a importância das relações na natureza para o equilíbrio da vida. Aprendi que a argumentação é o ponto chave para demonstrar os conhecimentos adquiridos, e que é pela pesquisa que buscamos e realmente aprendemos sobre um assunto.
Há intima relação entre as diversas matérias trabalhadas na escola, sendo que o que aprendemos em uma servirá para a melhor compreensão da outra.

No texto sobre a argumentação, Maurivan Ramos diz “...a sala de aula é uma possibilidade de privilegiar a produção e a reconstrução do conhecimento dos sujeitos envolvidos, tendo em vista o desenvolvimento da argumentação colocando-nos como observadores na nossa práxis de viver. Aprender é aprender a argumentar. Aprender é argumentar. Se somos capazes de argumentar efetivamente sobre algo, a tal ponto de que os nossos argumentos sejam compreendidos e aceitos por nossos interlocutores, isso pode ser um indicador de aprendizagem”.

Nas ciências a argumentação é o que faz a diferença entre quem adquiriu o conhecimento, é uma capacidade que tem somente aquele se apropriou de algo e sabe explicá-lo, essa capacidade é importante na matemática para não ocorrer o tarefismo de realizar atividades mecânicas, sem entendimento, ou seja, assim como nas ciências, na matemática são as explicações acerca da resolução de um problema que apontam o aprendizado e não apenas o resultado. Diante da frase do mesmo autor já citado “Desenvolver a capacidade argumentativa também é assumir o comando da aprendizagem”, devemos ter em mente que aprender implica em pensar.

Desta forma me pergunto: Será possível atualmente trabalharmos conteúdos separadamente nas séries iniciais? Isso ainda é uma realidade nas escolas? Por quê?

APRENDIZAGENS ESTUDOS SOCIAIS

A partir da leitura dos capítulos 1 ao 13 do livro “Estudos Sociais, Teoria e Prática”, de Aracy do Rego Antunes, Heloísa Fesch Menandro e Tomoko Iyda Paganelli, foi possível analisar e refletir muito sobre as transposições didáticas que fazemos a partir do que estudamos e vivenciamos. Muitas vezes pretendemos trabalhar e desenvolver certas habilidades em nossos alunos, mas é necessário respeitar as etapas seqüenciais de aquisição das diversas noções que a criança necessita para entender o que queremos que aprenda e desenvolva.

O grande objetivo da educação é formar pessoas que hajam por si próprias e assumam os riscos de suas ações, pessoas que tenham autonomia.

O objetivo maior dos Estudos Sociais na escola é propiciar que a criança compreenda a ação dos grupos sociais no espaço e no tempo, que entenda o que é a vida em sociedade.

Para alcançar este objetivo devemos trabalhar várias noções básicas de entendimento da estruturação e organização da sociedade.
ALGUNS CONCEITOS DESTACADOS, AO MEU VER:

Grupo: são as pessoas com quem convive e tem certas relações específicas, que variam de acordo com o tipo de grupo. Todo grupo tem normas estabelecidas pelos próprios participantes e que devem ser cumpridas por todos. O primeiro grupo que a criança pertence é a família. O grupo proporciona a socialização, que nada mais é do que viver em sociedade, o que implica em vencer o egocentrismo.

Espaço: espaço perceptivo é o espaço da ação, que se constrói em contato direto com o objeto e o espaço representativo na ausência do objeto. O primeiro se constrói mais rapidamente que o segundo. Os espaços têm relações com as condições sociais, econômicas e culturais dos grupos na sociedade, reproduzindo a sociedade que nele vive e principalmente as relações que se estabelecem entre os homens. Organização espacial significa dispor elementos ou partes de um todo de determinada maneira.

Tempo: o tempo físico é o passar contínuo do tempo. Cronologia é a contagem ou quantificação que se faz sobre o tempo. Tempo histórico é a caracterização das diferentes sociedades ao longo do tempo. O tempo físico abrange momentos, o tempo histórico é fruto das relações sociais, sobre o qual os homens inscrevem suas diferentes trajetórias. O tempo físico vai permitir que a criança perceba o passar do tempo e saiba fazer sua quantificação e representação. O tempo histórico vai permitir que a criança perceba o seu tempo como diferente de outros tempos ou épocas, e que num mesmo período cronológico, podem existir diferentes situações de vida, diferentes sociedades, diferentes tempos históricos.

Duração: é o intervalo de tempo entre uma ação e outra.

REPRESENTAÇÃO DO MUNDO PELOS ESTUDOS SOCIAIS

Neste semestre foi muito significativa a leitura do texto desta interdisciplina, em que refleti sobre muitos conceitos que as vezes pensamos que dominamos. Os conceitos mais marcantes para mim foram TEMPO, ESPAÇO, GRUPOS e DURAÇÃO, cujos significados que ficaram para mim explicitei em meu trabalho de recuperação.
Este trabalho de recuperação foi muito importante para a minha vida de modo geral, pois além de todos os conhecimentos que adquiri, aprendi a refletir sobre a leitura, ler novamente para realmente entender o que está escrito e se apropriar daqueles conhecimentos.
O fato de não ter realizado as atividades no tempo que deveria me levou para recuperação, trabalho significativo, mas ao mesmo tempo difícil, principalmente pelo tempo em que deveria ser realizado. Mas como também não consegui realizar os trabalhos durante o semestre me conformo e ter podido realizá-los depois do prazo, já que antes, por muitos motivos eu não consegui.