domingo, 29 de novembro de 2009

Língua Materna

O ensino da língua materna diz respeito tanto à oralidade quanto à escrita. Os traços gráficos que imitam a escrita são um ensaio para e descrição de fatos e histórias, fazem parte do ensino da língua materna. Na Educação Infantil o trabalho está mais ligado à oralização das palavras, histórias, músicas, o que leva, consequentemente, ao interesse pela produção gráfica do que se fala. É fundamental focalizar o planejamento no aprendizado da língua materna, mas penso que nem sempre é possível utilizar a escrita, não todos os dias, já que na educação infantil, especificamente em turmas com alunos entre três e quatro anos de idade. A reprodução de histórias de forma oral ou mesmo a construção coletiva de histórias e textos também faz parte do aprendizado da língua materna. O registro por meio de desenhos e a identificação dos mesmos também, mesmo que as palavras sejam escritas por um adulto.

Acredito que a alfabetização é tarefa específica do Ensino Fundamental, não devendo ser priorizada na educação infantil, mas também não pode ser podada se a criança tiver interesse. A oralidade, socialização, afetividade, motricidade ampla e fina, expressão corporal devem ser bem desenvolvidos para que a alfabetização se efetive de maneira satisfatória. Não devemos podar etapas de aprendizagem, as crianças devem passar por cada fase plenamente e sem pressa. 

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Paulo Freire

A partir das leituras sobre Paulo Freire pude conhecer um pouco melhor a obra e vida deste tão importante educador brasileiro. A sensibilidade das palavras de Frei Betto ao escrever sobre a vida de Paulo Freire mostram uma parte da história que eu desconhecia, a emoção que não aparece quando estudamos a teoria em si. Paulo Freire dizia que a educação só pode existir se há amor, fé e esperança, sentimentos tão presentes em nosso dia a dia, mas que na correria da vida moderna as vezes ficam esquecidos. Além destes sentimentos fundamentais para que haja educação, é necessário pensamento crítico para aprender e Paulo Freire pregava a educação como prática da liberdade, não podendo aprisionar as pessoas, mas abrindo os horizontes para novas descobertas e para o exercício da cidadania.

Paulo Freire amava a vida, amava e tinha fé nas pessoas, assim como Frei Betto. Nós educadores temos que ter sensibilidade e amar a vida, respeitando e buscando uma educação libertadora. Não podemos restringir a função de professor como educador dos conhecimentos científicos, é fundamental que acreditemos que é possível educar para a cidadania e felicidade, sem prejudicar outras vidas.

Eu acredito na educação.

"Eduquem as crianças e não será necessário cartigar os homens" (Pítágoras)

Hoje eu admiro mais ainda Paulo Freire, e também Frei Betto.
Sensibilidade, amor, fé, criticidade, liberdade, educação.

Língua de sinais

A interdisciplina de Libras nos mostrou que a condição de pessoa surda não é tão desconfortável assim como nós ouvintes pensávamos. É fundamental uma pessoas surda se aceitar na condição que é e não passar a vida querendo ser ouvinte. As pessoas que não aceitam sua condição de surdez sofrem muito, ainda mais quando a família também não consegue entender o porquê de a pessoa ser do jeito que é - cada um é do jeito que é e pronto, quando conseguimos aceitar algumas limitações também conseguimos desenvolver outras habilidades importantes. Sendo aceitos pelas pessoas do convívio e também participando de uma comunidade em iguais condições a pessoa não se sentirá inferior e poderá ser feliz e realizar seus sonhos, pois uma pessoa surda pode levar um vida normal, mas tem que se aceitar como é e ser aceita, principalmente pelos familiares.

Ainda há resistência dos familiares quando descobrem que uma criança é surda. Há tratamentos, implantes e cirurgias que prometem audição aos surdos, mas geralmente não conseguem ouvir bem depois destes tratamentos, criando uma situação frustante, pois a pessoa não se torna ouvinte e também não é mais surdo.

A palavra é ACEITAÇÃO, pois todas as pessoas possuem limitações, sejam elas físicas, psicológicas, sociais. 

REFLETINDO SOBRE PA - Complementando

A partir do trabalho com PA aprendi que não é fácil fazer pesquisa, que esta deve ser bem pensada e planejada nos mínimos detalhes. As estrevistas são uma forma eficiente de obter dados relevantes para o PA, se forem realizadas por um entrevistador que anota as respostas os resultados serão mais satisfatórios - quando a ferramenta de entrevista utilizada é um questionário escrito não temos a garantia de que todos os envolvidos participarão de forma consciente e verdadeira.

No momento em que pensamos no tema do projeto há, geralmente, muita empolgação, aí que devemos ter cuidado para não sonhar alto demais, pois o tema deve ser bem delimitado para que seja possível obter respostas.

A professora que pretende trabalhar com esta metodologia em sua sala de aula precisa ter muito conhecimento sobre vários assuntos e deve manter-se informada dos acontecimentos na sociedade atual, visto que frequentemente os alunos têm muitas curiosidades em relação ao que está acontecendo e sendo notícia, principalmente na mídia. Como exemplo posso citar a morte do cantor Michael Jackson, que gerou curiosidade sobre os efeitos dos medicaentos utilizados por ele e a doença que ele tinha na pele. A gripe A também gerou muita polêmica sobre as formas de contaminação e tratamento e o medo da morte. São assuntos importantes de serem estudados, mas que num momento em que estão em evidência na sociedade fazem mais sentido de serem estudados pelos próprios alunos.

Penso que trabalhar com PAs numa turma de anos iniciais é um desafio que deve ser experimentado, mas não como matodologia única de trabalho para o ano todo, e sim em alguns momentos do ano, com tempo determinado e exposição do trabalho de cada grupo aos demais colegas de classe, ou mesmo divulgação para a escola como um todo. Uma das atividades criadas por Célestin Freinet foi o jornal da turma, que serve para divulgar informações, penso que seria bem interessante divulgar os resultados de um PA na forma de jornal na escola.

Educação de Jovens e Adultos - Complementando

A Educação de Jovens e Adultos é um desafio para os professores, pois além de ensinar sobre o conhecimento científico e cultural temos que saber aproveitar o extenso conhecimento de mundo trazido pelos alunos que já não são mais crianças. É também um grande desafio a avaliação e promoção neste nível de ensino, que é organizado de acordo com a realidade dos educandos, mas nem sempre atende às reais necessidades destes.

A resistência por parte de muitos alunos que interiorizaram o pensamento de incapacidade própria por não ter estudado na idade considerada mais adequada ou por não ter tido sucesso nessa época é um dos obstáculos que devemos passar, mas só conseguiremos com persistência e acreditando que é possível. Quando acreditamos que podemos realizar algo teremos mais chance de sucesso.

Muitas pessoas procuram a EJA com o objetivo de certificação profissional, mas a função é a qualificação, a aprendizagem - a partir do momento em que os alunos aprendem na EJA a certificação será uma consequência.

sábado, 7 de novembro de 2009

REFLETINDO SOBRE PA

     A delimitação da temática por meio da pergunta inicial é o ponto de partida para a pesquisa, é a primeira etapa da organização de um planejamento: escolher o tema e delimitá-lo. A questão inicial deve ser formulada a partir de uma curiosidade, mas é necessário delimitar na pergunta o tema a ser abordado, para que a pesquisa não se torne muito ampla e de difícil conclusão. A curiosidade motiva à pesquisa e leva a outras curiosidades e dúvidas. A questão inicial deve ser restrita no sentido de sua delimitação, não no sentido de simplicidade, precisa ser objetiva, mas, ao mesmo tempo, aberta o suficiente para permitir ao grupo fazer descobertas, estabelecer relações, analisar dados. Deve haver um ponto de equilíbrio para a formulação de uma boa questão inicial. Num projeto de aprendizagem o objetivo é aprender, descobrir algo novo. O ato de ir em busca, querer saber mais sobre determinado assunto é fundamental para a apropriação do conhecimento.


     As certezas provisórias são organizadas e formuladas a partir dos conhecimentos que possuímos, são as hipóteses que temos sobre determinado assunto. Na medida em que pesquisamos, por meio de leituras, entrevistas, questionários e discussões em grupo construímos aprendizados que nos levam a confirmar ou não nossas certezas e dúvidas. A partir das dúvidas que temos iremos em busca de respostas, mas também devemos confirmar nossas certezas ou não, e estas também contribuirão para as novas aprendizagens e reformulação das certezas. Assim como uma dúvida inicial pode se tornar uma certeza, esta também pode se tronar uma dúvida, o que evidencia que tanto certezas quanto dúvidas nos levarão às novas aprendizagens. Aprender é ter algumas certezas, mas estas também podem ser provisórias, pois aprendemos sempre e o conhecimento que temos hoje pode ser diferente amanhã. A reflexão sobre algo que sabemos é um passo importante para nos questionarmos se o que pensamos saber é realmente verdadeiro. As certezas provisórias podem ser modificadas ou confirmadas, mas não estão acabadas, porque o conhecimento está sempre em construção. São, por isso, realmente 'provisórias'. O que acreditamos que sabemos hoje pode ser desmentido amanhã. O conhecimento está sendo construído e reconstruído a todo instante pela humanidade. Por mais que tenhamos certeza de algo hoje, é uma certeza provisória, pois amanhã pode ser que alguém faça uma descoberta diferente.

     O mapa conceitual é uma forma de organização e articulação dos conceitos trabalhados no projeto, mas principalmente é uma forma resumida de relacionar estes conceitos. É uma forma de representar sinteticamente o projeto, mas não pode ser analisado isoladamente. O mapa articula todos os conceitos trabalhados no projeto, dando uma visão geral do que trata a pesquisa, de forma resumida, esquemática e não explicativa, articulando conceitos, mas sem apresentar resultados.

     Quando há planejamento é possível aproveitar melhor o tempo e aprender mais. Se não fizermos um roteiro de estudos bem planejado ficará uma bagunça e será difícil saber o que deve ser feito primeiro. O planejamento evita transtornos futuros e organiza o que deve ser realizado durante o projeto, ele é fundamental. A organização é essencial para o bom andamento de uma pesquisa, garantindo maior segurança ao grupo, faz a diferença em tudo na vida, seja numa pesquisa, no trabalho ou em casa. O plano de ação organiza a pesquisa, pois nele estão descritas as estratégias para buscar respostas, orientando o desenvolvimento do trabalho e organizando as ações do grupo, envolve uma metodologia de trabalho que vai sendo construída e reconstruída ao longo do processo.

     O interesse é o ponto de partida para a busca do conhecimento, o tema a ser pesquisado deve ser do interesse do aluno, mas ele não deverá buscar somente o que gosta, pois além do seu interesse muitos conhecimentos estarão vinculados ao tema central, compreendendo também conhecimentos e pesquisa que não se referem especificamente à realidade local do aluno, mas que somando aos interesses pessoais, estes conhecimentos irão complementar e completar estudos importantes sobre a realidade do aluno. A curiosidade do aluno é o ponto de partida, pois se o aluno se sente motivado, aprender torna-se algo prazeroso.

domingo, 13 de setembro de 2009

Educação de Jovens e Adultos

Após a leitura do Parecer CNE/CEB 11/2000 e discussão em grupo para escrita sobre a educação de jovens e adultos, pude perceber muitos elementos importantes que devem ser considerados sobre a educação de jovens e adultos. A EJA não tem apenas uma função, mas três, que receberam nomes para designar melhor e resumir a própria função, que são:
FUNÇÃO EQUALIZADORA - proporciona igualdade de oportunidades. É uma forma de distribuição de igualdade social, para aquelas pessoas que por vários motivos, não tiveram como continuar os estudos.
FUNÇÃO QUALIFICADORA - atualização dos conhecimentos de forma permanente. É o próprio sentido da EJA, uma promessa de qualificação de vida para todos.
FUNÇÃO REPARADORA - pretende garantir o direito a uma escola de qualidade e também reconhecimento da igualdade. É uma forma de reparar o que antes lhe foi negado por algumas circunstâncias.
Os professores necessitam de formação específica para atuarem com a EJA, seja em nível médio normal ou superior. O público a ser atendido pela EJA é aquele que não teve acesso à educação em idade mais apropriada para isso. A metodologia utilizada para este segmento da educação não pode ser a mesma utilizada para ensinar crianças e adolescentes. A EJA não se resume à alfabetização, mas é também, uma continuidade aos estudos.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

NOVO SEMESTRE INICIA

Após um merecido tempo de férias retornaremos às aulas amanhã. É muito bom voltar... mas com isso vem também o tempo contadinho para tudo, muita leitura e desafios. Assim como já havia tentado antes, e consegui em parte, neste semestre vou conseguir melhorar minha participação e conclusão de todas as atividades no tempo certo. No semestre passado considero ter melhorado um pouco, pois mesmo tendo ficado em recuperação numa disciplina, consegui acompanhar as outras ao longo do semestre. É muito difícil organizar o tempo que temos e conseguir cumprir com o que desejamos fazer, é um desafio, mas acredito que aprendemos com os nossos atos, então vou tentar cumprir a meta. Neste momento da vida, com tantos afazeres, a faculdade muitas vezes representa um peso grande, mas com certeza, vou sentir muita falta quando terminar - este curso é uma fonta de atualização muito importante para mim. Na vida há tanto a se fazer, e não temos tempo suficiente para tudo, temos que fazer escolhas, essas escolhas são muito difíceis e chega a ser doloroso deixar algo para trás por falta de tempo.
Que este retorno seja repleto de aprendizagens e alegrias, pois se não podemos fazer tudo o que queremos, que aquilo que escolhemos seja também fonte de muita felicidade.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

DESENVOLVIMENTO MORAL

O desenvolvimento moral das crianças, e também dos adultos, passa por estágios. O objetivo do desenvolvimento moral é chegarmos à autonomia, mas para que a alcancemos é necessário vivenciar a heterenomia. A heteronomia está presente principalmente na infância, quando a criança segue ordens e obedece as regras porque alguém lhe falou e/ou exigiu que ela o fizesse. A autonomia estará sendo vivenciada quando a pessoa, ou criança tiver o conhecimento sobre o assunto e puder decidir o que vai fazer. A autonomia moral é fundamental para o entendimento das regras e o cumprimento das mesmas, pois a criança saberá o porquê das suas ações conhecendo os seus limites.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

PROJETO DE APRENDIZAGEM

Num Projeto de Aprendizagem O PROCESSO É TÃO IMPORTANTE QUANTO O PRODUTO.
O objetivo de um PA deve ser buscar um conhecimento novo. Mas também pode ser uma ampliação dos conhecimentos, pois devemos partir do que já se sabe sobre o assunto. O ponto de partida é muito importante, pois é através da certezas provisórias (o que se sabe) e das dúvidas temporárias (o que se quer saber) que o desenvolvimento do PA será possível e produtivo.
O mapa conceitual serve para ir organizando os conceitos - não tem que ser, logo de início, um mapa com respostas - deve expressar o pensamento do grupo naquele momento do processo. O mapa pode ser modificado a todo momento, a partir de quando novas construções vão sendo feitas.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

FILOSOFIA

A última atividade de filosofia será em torno do que pensamos a partir da leitura de textos de Adorno e Kant. O texto de Adorno, Educação após Auschwitz é muito complicado, tive que ler três vezes para entender bem o assunto. Já a leitura do texto de Kant é bem mais agrável, sendo mais fácil o entendimento - o que pode ser também porque eles falam do mesmo assunto, de formas diferentes, e a repetição reafirma o que estamos aprendendo.
Os autores falam que a educação existe para moldar as pessoas de acordo com os interesses dominantes do momento, domesticar, civilizar. O ser humano é um ser pensante, mas que precisa aprender a controlar sua própria capacidade, pois se esta não for direcionada de uma forma saudável, de acordo com as concepções da época, poderá gerar consequências indesejadas.
Eles afirmam que a barbárie e a selvageria é natural do ser humano, pois naõ precisam ser educados para isso, basta não educar para a civilização e disciplina a partir da cultura predominante que serão considerados selvagens e poderão se tornar bárbaros.

REFORMULAÇÃO DO PA

A partir da pergunta central inicial que definimos em grupo para construção do nosso PA verificamos que é necessário restringí-la, pois não podemos fazer uma pesquisa que envolva um número muito grande de pessoas, visto que a própria pesquisa e posterior análise envolveriam muito tempo, o que não temos sobrando, precisamos ser mais práticas e objetivas.
Nossa primeira pergunta era assim:
Quais as dificuldades encontradas pelos professores de Três Cachoeiras no processo ensino e aprendizagem?
Após a reformulação, a pergunta: O que os professores em exercício dos anos anicias do Ensino Fundamental consideram como dificuldade no processo ensino e aprendizagem na sede do município de Três Cachoeiras?

sexta-feira, 12 de junho de 2009

CONCEITOS EPISTEMOLÓGICOS

Na atividade 10 de psicologia relacionamos os conceitos estudaos num mapa conceitual. Alguns conceitos são mais fáceis de serem interligados, não precisando explicações para que haja entendimento. Outros conceitos relacionados são mais complexos.
Essa atividade nos fez pensar novamente nos significados de cada conceito e em como se relacionavam uns com os outros. É necessário ter o conhecimentode cada conceito assimilado para poder relacioná-lo com os outros. Atividade muito eficiente para o real entendimento e aprendizagem sobre Epistemologia Genética. Não foi fácil, mas é muito bom ver o resultado de um trabalho assim, depois de organizados os conceitos e relacionados. Para a realização dessa atividade foi necessário voltar a leitura de alguns textos que envolvem esses conceitos.

AINDA É POSSÍVEL EDUCAR?

Após a leitura do texto de Theodor Adorno fiquei muito curiosa em relação ao que seria Auschwitz. Pesquisei sobre isso e percebi que se referia a uma cidade em que ocorreram barbaridades durante a Segunda Guerra Mundial. Há sites que descrevem o que e como ocorreram tais atrocidades nestes chamados, campos de extermíneo. Porém li em um que se refere aos fatos e a lenda - neste há pessoas que afirmam que não foi bem assim que aconteceram as mortes, que não há evidências suficientes para acreditarmos no que nos contaram e no que a maioria das pessoas acredita até hoje. Ainda tenho vontade de saber um pouco mais sobre este assunto - mas pela falta de tempo vou deixar para depois.
A relação que podemos ver entre educação, civilização e barbárie é justamente a forma como a educação é entendida e executada. Se atualmente, depois de sabermos de tantos fatos da história da humanidade, de tantas coisas ruins e também de acontecimentos bons, continuarmos deixando as barbaridades acontecerem é porque a educação que queremos não está se efetivando. A educação pode ser para civilizar - ensinar regras, convivência, valores - ou pode ser para barbarizar - ensinar violência, poder pela força, individualismo. Não podemos deixar, que aos poucos a barbárie tome conta da nossa sociedade - pois a indiferença, individualismo e egoísmo estão levando as pessoas para essa realidade que nunca deixou de existir, não tão acentuadamente como em Auschwitz, mas deixando marcas assustadoras e irremediáveis. A violência que existe na sociedade atual, inclusive nas escolas é uma barbárie que parece muitas vezes estar sendo ignorada. Sabemos do problema e tentamos ficar o mais longe possível dele. Não é assim que iremos resolver - é necessário tomar consciência do que está acontecendo para que o absurdo já ocorrido não se repita.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

PA

A escolha de um tema para um PA inicialmente nem parece ser muito difícil, pois quando falamos e pensamos nas curiosidades que temos sobre um assunto nos enpolgamos e até viajamos, planejando ações que depois de bem analisadas não podem ser realizadas da forma como queríamos.
Quando pensamos em certezas e dúvidas sobre o assunto, o que escrevemos está profundamente embasado em nossas concepções. A partir da questão central, das certezas e dúvidas elaboramos um mapa conceitual. Mas pelo que eu estou entendo, o primeiro mapa poderia ser somente sobre a pergunta central. As vezes complicamos um pouco mais do que deveria.
Como é complicado o desenvolvimento de um PA, pois o foco principal dele é o processo, e o resultado é apenas um detalhe.
As conversas que o grupo tem nos encontros presenciais semanalmente são muito importantes, mas é extremamente necessário o registro escrito de tudo o que foi falado, não apenas como relatório.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Formulando certezas e dúvidas

O PA sobre as dificuldades que os professores enfrentam na tarefa docente nos traz muitas certezas, pois sabemos de muitas dificuldades do processo ensino aprendizagem na escola, também temos algumas dúvidas, mas as certezas estão mais evidentes nesse momento inicial do trabalho.
Quando decidimos o assunto e a pergunta do PA haviam muitas dúvidas e certezas evidentes, que na hora de redigir não estavam mais tão claras assim. Em uma conversa é mais fácil dizer o que está bom ou ruim, mas quando passamos para o papel parece que alguma coisa se confunde, misturamos e fica mais difícil expressar de uma forma clara o que queríamos dizer.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

PROJETO DE APRENDIZAGEM

Um projeto de aprendizagem quando é pensado e planejado de forma agradável, em que os envolvidos estejam curiosos é bem mais produtivo.
O primeiro PA que fizemos em grupo no ano passado tinha um tema interessante, mas percebemos que aprendemos com os nossos erros, pois a definição do tema deste PA atual foi bem rápida e consensual entre as componentes do grupo.
Para escolher o tema do projeto começamos pensando em algo relacionado com escola, aprendizagem, métodos de ensino, algo que fosse possível de ser pesquisado. Antes de definir a pergunta central pensamos em algumas palavras-chave para a criação do mapa conceitual, e sobre as dúvidas e certezas que já temos em relação ao assunto e então formulamos a nossa pergunta central:
Quais as dificuldades encontradas pelos professores de Três Cachoeiras no processo ensino aprendizagem?
Fazem parte do grupo: Tânea, Maria Aparecida, Rosimeri e Vanícia.
Já pensamos nas perguntas que faremos para entrevistar as professoras e até nas possíveis respostas que encontraremos.
Estamos bem empolgadas.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

EXPERIÊNCIA - MÉTODO CLÍNICO

A partir do método clínico foram desenvolvidas propostas para se trabalhar com os alunos a partir do que já sabem. As testagens possibilitam a compreensão de uma realidade, que com apenas uma observação no coletivo, não daria informações tão precisas sobre o estádio do desenvolvimento da criança.
Atualmente estou trabalhando na Educação Infantil, com alunos de três anos de idade. Alguns alunos já têm condições de realizar alguns testes, mas a simples observação, neste caso, das atividades e brincadeiras realizadas individualmente ou em grupo nos dão muitas informações, que individualmente são mais difíceis de serem alcançadas.
Quando trabalhei com alfabetização a aula entrevista era uma ferramenta fundamental para o conhecimento da realidade de cada aluno e aprendizado individual, que também é muito importante. A aula entrevista acontece de forma parecida com os testes de Piaget, pois o que se quer é ver como a criança pensou para chegar a determinada resposta, sendo que o professor deve interferir o mínimo possível.
Percebo que para o aprendizado da leitura é fundamental o desenvolvimento cognitivo na área lógico matemática, pois são campos diferentes do saber que se complementam. A conservação de quantidades por exemplo, é fundamental para o entendimento do código escrito, porque se a criança conserva quantidades vai ser capaz de conservar a escrita das palavras e entender que determinada palavra se escrev sempre com as mesmas letras e na mesma ordem.

ETNIAS

Os trabalhos realizados na interdisciplina Questões Étnico-raciais na educação tem muito a ver com as nossas concepções de mundo, que se formaram a partir da vivencias que tivemos. Falar em diferenças entre as pessoas, consequentemente abre caminho para se falar em preconceitos, que existem a partir dos diferentes pontos de vista das pessoas.
O simples fato de considerar as diferenças entre as pessoas de "raças" diferentes já deixa claro alguns preconceitos internalizados involuntariamente. A naturalidade em nos referirmos às pessoas com quaisquer diferenças é fundamental para a exclusão de preconceitos e inclusão de todos na educação, na vida, na sociedade, na escola.
Cada pessoa é como é porque escolheu ser assim, ou porque é mesmo e os outros não tem nada a ver com isso - Devemos respeitar as opiniões, as individualidades, as características e o modo de ser de cada um.
O trabalho de inclusão, no sentido de não excluir as pessoas com quem convivemos em nosso dia a dia, excluindo pré conceitos é fundamental desde a pré-escola, pois se há preconceitos internalizados em cada um de nós eles vão aparecer em algum momento - não podemos simplesmente fechar os olhos e deixar o assunto de lado - é preciso mostrar às crianças, desde cedo, que somos todos diferentes e ao mesmo tempo temos nossas semelhanças, ancestralidade, identidade e que toda essa diversidade só deve enriquecer as relações entre as pessoas, de uma forma positiva.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

MÉTODO CLÍNICO

O Método Clínico desenvolvido por Jean Piaget visa diagnosticar os caminhos percorridos pelas crianças para se chegar a uma conclusão sobre determinado problema. As respostas obtidas podem ser apenas uma aproximação da verdade, correspondendo ao que Piaget chamou de erro construtivo, erro este que é importante para o desenvolvimento e aprimoramento do pensamento da criança.
O método clínico é um tipo de entrevista, na qual o entrevistador deve ser o mais imparcial possível, não interferindo nas respostas do entrevistado, para então obter-se resultados que evivenciem a forma de pensamento da criança.
Em algumas propostas de alfabetização são utilizados metodologias baseadas no método clínico de Piaget, e aperfeiçoadas por Emília Ferreiro e Ana Teberosk direcionando-as para a alfabetização. O GEEMPA, que trabalha numa proposta pós-construtivista propõe a realização de aula entrevista, que é um momento de aprendizado e conhecimento, assim como na aplicação do método clínico, em que pode ocorrer aprendizado a partir das reflexões.
As testagens do método clínico relativas à conservação de quantidades, volume e massa fazem parte de um todo que ao serem analisados nos dirão em que fase do desenvolvimento do pensamento a criança se encontra (sensório-motor, pré-operatório, operatório-concreto, operatório-formal). De acordo com o estádio em que a criança se encontar ela será capaz de realizar atividades e resolver problemas próprios da sua forma de pensamento e raciocínio.

domingo, 10 de maio de 2009

EPISTEMOLOGIA GENÉTICA

Os estadios do desenvolvimento cognitivo segundo a Epistemologia Genética de Jean Piaget são definidos de acordo com a relação do sujeito com o objeto de conhecimento, com a maneira de pensar, refletida no modo como o sujeito lida com os problemas da realidade. Cada estádio aparece numa ordem regular, não se pode pular um estádio, pois um serve de base para o seguinte. A velocidade do desenvolvimento e a idade de cada estádio varia de acordo com o indivíduo e o meio socia ao qual está inserido.
ESTÁDIO SENSÓRIO-MOTOR: É caracterizado pelas interações com o meio a partir das ações na realidade.
ESTÁDIO PRÉ-OPERATÓRIO: A capacidade de representação da realidade se manifesta.
A capacidade simbólica da criança pré-operatória é marcada pelo egocentrismo.
O pensamento é marcado pela intuição, pela percepção imediata da realidade, irreversibilidade do pensamento.
ESTÁDIO OPERATÓRIO-CONCRETO: Ingresso nas operações concretas. A criança torna-se capaz de realizar operações, ações mentais, embora limitado pelo mundo real.
ESTÁDIO OPERATÓRIO-FORMAL: Permite trabalhar com o pensamento hipotético-dedutivo e estabelecer relações entre diferentes teorias.

INCLUSÃO

Falar em inclusão é tarefa difícil nas escolas, pois a maioria dos professores ainda não entendeu o verdadeiro sentido inclusivo - parece que estamos fechando os olhos para a diversidade de características existente entre os seres humanos. Ainda sonhamos com uma turma de alunos homogênea, onde todos estejam interessados no que queremos ensinar e se comportem bem, ocorrendo o mínimo possivel de conflitos.
A inclusão dos alunos portadores de necessidades educacionais especiais é ato de respeito pela vida e pelas diferenças, abolindo quaisquer preconceitos, pois discriminação é exclusão e não acontece só com alunos com necessidades especiais.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Epistemologias

Ao longo da minha vida de estudante já li muito sobre empirismo, apriorismo e interacionismo: no magistério, na 1ª faculdade, em estudos nas escolas em que trabalho e que já trabalhei, em cursos diversos e no geempa.
É interessante como sabemos de algumas coisas mas não as entendemos verdadeiramente.
Associamos o empirismo ao ensino tradicional, mas eu nunca tinha associado o construtivismo ao apriorismo, ou mesmo nem pensava que pudéssemos confundi-los. Na aula presencial de psicologia pude perceber melhor as confusões que são feitas nas escolas, pois uma nova abordagem é apresentada e vira moda sem que os próprios professores se apropriem verdadeoiramente dela.
Sempre fui levada a pensar que se acreditamos em uma determinada teoria, não podemos misturá-la com outras, que não adianta pegar um pouquinho de cada uma e fazer uma mistura, pois se acreditamos em uma coisa é porque não acreditamos na outra.
Mas diante da minha prática e vivências percebo que muitas vezes acreditamos que tal teoria é melhor mas continuamos praticando aquela em que fomos educados e que conhecemos melhor.
Por que isso ainda ocorre, mesmo com tantos estudos, em todas as escolas?
Por que a sociedade muda tão rápido e os professores têm que estudar tanto para a escola continuar com está?
Por que sabemos o caminho e continuamos num outro?

domingo, 12 de abril de 2009

Educação Especial

Antes da aula presencial de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais eu já havia estudado um pouco sobre inclusão, mas a minha visão sobre este assunto mudou muito a partir deste dia.
Inclusão = incluir = não excluir = não ignorar = direitos iguais para todos os cidadãos
Na escola atual temos muitos problemas de aprendizagem e conflitos.
Quando as diferenças são consideradas anormais, as pessoas mais diferentes são excluídas, e muitas são ignoradas, sendo considerados incapazes perante os considerados "normais".
A exclusão educativa é fato, mas não são excluídos de aprender somente aqueles alunos considerados especiais. Muitas pessoas com necessidades educacionais especiais não muito aparentes, que não conseguem aprender no mesmo ritmo que a maioria dos outros alunos são deixados de lado na hora da aprendizagem.
Cada passoa é única, é especial, e deve ser tratada por todos com o mínimo de respeito, seja ela ou não, portadora de alguma deficiência ou necessidade educacional especial.
Ainda é muito difícil aceitarmos a inclusão total na escola, pois a maioria dos professores, e pessoas em geral tem uma visão muito limitada do que realmente é a inclusão. Nos achamos despreparados para lidar com pessoas tão diferentes da maioria, e na maioria das escolas não há orientação adequada para tratar certas deficiências - o que torna o trabalho do professor mais difícil.
Atualmente sou mais a favor da inclusão do que antes, mas ainda acho que não é tarefa fácil - temos muitos obstáculos pela frente. O que não podemos esquecer é que não é simplesmente matricular todos os alunos nas escolas comuns e está pronto - aquele acompanhamento é necessário - mas em muitos casos não está acontecendo isso.

domingo, 15 de março de 2009

Argumentação

Já estudamos no semestre anterior sobre Argumentos e evidências.
Agora estamos novamente e de forma mais aprofundada estudando sobre argumentação.
Os argumento que utilizamos, como e quando os utilizamos são decisivos para o convencimento do que queremos.
O estudo detalhado e aprofundado de como se estrutura um argumento tem grande importância para o poder de convencimento desse argumento.
Um argumento é composto de duas partes: a premissa e a conclusão. Mas um argumento pode ter mais que uma premissa. A conclusão é o que queremos dizer e as premissão são explicações para o convencimento de que a conclusão é verdadeira.
Definindo assim parece fácil localizar num texto o argumento com suas premissas e conclusão, mas na prática não é bem assim. As interpretações das pessoas são diferentes frente a um mesmo texto, portanto o que para um, à primeira vista pode parecer uma premissa, para outro, pode parecer uma conclusão - isso aconteceu na aula presencial de Filosofia. No início é complicado, mas com o tempo, e com a prática acredito que aprenderemos e passaremos a utilizar os nossos argumentos com mais eficiência.

RECOMEÇANDO

Mais um semestre de estudos se inicia...
muita leitura...
dedicação...
aprendizado...
ansiedade...
e...
REALIZAÇÕES!

PARA REFLETIR

CARTA AO INQUILINO
Senhor morador,
Gostaria de informar que o contrato de aluguel que acordamos há bilhões de anos atrás está vencendo.
Precisamos renová-lo, porém temos que acertar alguns pontos fundamentais:
1 - Você precisa pagar a conta de energia.
Está muito alta!
Como você gasta tanto?
2 - Antes eu fornecia água em abundância; hoje não disponho mais desta quantidade.
Precisamos renegociar o uso.
3 - Por que alguns na casa comem o suficiente e outros estão morrendo de fome, se o quintal é tão grande?
Se cuidar da terra vai ter alimento para todos!
4 - Você cortou as árvores que dão sombra, ar e equilíbrio. O sol está quente e o calor aumentou.
Você precisa replantar novamente!
5 - Todos os bichos e as plantas do imenso jardim devem ser cuidados e preservados.
Procurei alguns animais e não encontrei. Sei que quando aluguei a casa eles existiam...
6 - Não vi os peixes que moram nos rios e lagos.
Você pescou todos? Onde estão?
7 - Precisa verificar que cores estranhas estão no céu!
Não vejo o azul!
8 - Por falar em lixo, que sujeira!!! Encontrei objetos estranhos pelo caminho... isopor, pneus, plásticos...
Bom... é hora de conversarmos. Preciso saber se você ainda quer morar aqui.
Caso afirmativo, o que você pode fazer para cumprir o contrato?
Gostaria de ter você sempre comigo, mas tudo tem um limite.
Você pode mudar?
Aguardo respostas e atitudes...
Sua casa, A TERRA.