domingo, 28 de novembro de 2010

EIXO 9

Este eixo está sendo realizado neste segundo semestre de 2010, com o título “Práticas pedagógicas, Currículo e Ambiente de aprendizagem IX – Pedagogias, Práticas e Pesquisa”.

As interdisciplinas cursadas são Seminário Integrador IX e Trabalho de Conclusão de Curso.

No Seminário Integrador a tarefa foi rever cada eixo do curso, desde o início, trazendo as aprendizagens mais significativas.

No Trabalho de Conclusão de Curso foi realizado um estudo acerca de um tema relevante observado durante o período de estágio, no semestre anterior.

A inclusão na educação infantil é o assunto abordado neste trabalho. A surdez diz respeito ao fato de a pessoa não ouvir. Um dos maiores problemas neste caso é a comunicação, mas esta pode ser realizada de diversas outras maneiras, incluindo a língua de sinais. A partir do trabalho com uma turma de alunos de maternal, na qual um aluno é surdo, é fundamental pensar sobre a aprendizagem da turma como um todo.

A partir da observação da interação entre os alunos e da demonstração de aprendizagem por meio das atitudes e realização das tarefas propostas se pretendeu verificar as vantagens e desvantagens da inclusão de um aluno surdo numa turma de ouvintes, na educação infantil.

Analisar as atitudes e aprendizagens dos alunos ouvintes e do aluno surdo levando em consideração os estudos das pesquisadoras Ana Paula Santana e Isabel Parolin se constituiu no foco principal deste trabalho, que teve como questão central “Como a inclusão de um aluno surdo na educação infantil contribui para a aprendizagem da turma como um todo?”.

Para responder a esta questão foi necessário verificar como os alunos estão aprendendo. A pesquisa foi realizada a partir de leituras e observações feitas em sala de aula e registros escritos e imagens das atitudes e aprendizagens dos alunos, focalizando principalmente na contribuição da interação entre os alunos para a aprendizagem da turma como um todo.

A interação entre as pessoas possibilita o contato com o antes desconhecido, ou mesmo a aceitação de outro ponto de vista antes não percebido. A educação escolar deve utilizar as diferenças para proporcionar aprendizagens. De acordo com Parolin (2010), promover a inclusão e aprendizagem, não é simplesmente colocar o aluno numa turma regular de ensino, mas utilizar as diferenças para ensinar.

Surda é a pessoa incapacitada de ouvir. Como a maioria dos surdos não fala, são considerados pelos leigos e por muitos professores ainda, como mudos. Escolher o melhor caminho a ser seguido não é fácil, pois mesmo com tantos estudos e informações acerca da surdez e diferentes formas de comunicação, ainda há divergências em relação à forma de comunicação mais eficiente e que atenda melhor as necessidades das pessoas surdas. Os ouvintes envolvidos com os surdos têm opiniões diferentes, e mesmo os surdos, nem todos compartilham a mesma opinião em relação à melhor forma de comunicação.

Aprendizagem é o que a escola deve possibilitar aos alunos, tenham eles ou não necessidades educacionais especiais. É necessário que a escola faça os devidos ajustes para ensinar a todas as crianças. Cada ser humano é diferente. Ensinar para que todos aprendam deve ser a meta de todas as escolas.

A inclusão deste aluno na educação infantil está sendo positiva, pois tanto os alunos ouvintes como o surdo estão aprendendo juntos. O aluno surdo é muito atento e perceptivo visualmente, mas ainda precisamos melhorar muito com ele, pois o desenvolvimento da linguagem oral é importante para os ouvintes e envolve tempo em sala de aula, deixando o aluno surdo um pouco deslocado em certos momentos.

domingo, 21 de novembro de 2010

EIXO 8

Este eixo foi realizado no primeiro semestre de 2010, com as interdisciplinas Seminário Integrador VIII e Estágio Supervisionado: em docência 0 a 6 anos.

O meu estágio foi realizado com uma turma de Maternal na Escola Municipal de Educação Infantil Abelhinha, no município de Três Cachoeiras, escola na qual eu já trabalhava com a turma. A turma com quatorze alunos de três e quatro anos de idade. A orientadora foi Ivany Souza Ávila e tutora Marcia Caetano.

A experiência de um estágio na turma em que trabalho foi interessante e trouxe muitos aprendizados, pois foi necessário mais reflexão sobre os alunos e aulas do que estava habituada a fazer. Geralmente, quando estamos em sala de aula, observamos as atitudes dos alunos em relação ao que lhes é proposto pela professora, mas durante o estágio foi necessário registrar tudo de forma escrita, pois quando apenas observamos e não escrevemos, esquecemos mais rápido. A ação de escrita também possibilita outro momento de reflexão sobre nossas ações e os resultados que estamos obtendo ao longo do processo de aprendizagem.

A busca por justificativas teóricas para o que observamos e concluímos acerca do aprendizado dos alunos foi outra tarefa desafiadora. Buscar textos condizentes com a nossa prática e estudo leva tempo, mas nos possibilita melhor reflexão e aprendizados mais consolidados.

O texto Arquiteturas pedagógicas, escrito por Marie Jane Soares Carvalho, Rosane Aragon de Nevado e Crediné Silva de Medeiros apresentou opções para trabalhar com os alunos, de acordo com a arquitetura escolhida, que poderia ser Projeto de Aprendizagem, Estudo de Caso, Aprendizagem Incidente e Ação Simulada. Destes o PA (projeto de aprendizagem) foi o mais significativo, pois trabalhamos nesta perspectiva no semestre anterior. Desenvolver um PA com alunos pequenos não foi possível, embora tenha tentado maneiras para desenvolvê-lo, percebo que é necessário mais autonomia por parte do aluno. Na idade dos meus alunos ainda é necessário orientá-los e supervisioná-los e perto, em cada atividade. Considero que a tentativa foi válida, mas desenvolver PA com alunos tão pequenos, da forma como aprendemos, a meu ver, não é possível.

Neste semestre consegui realizar as postagens semanais no Blog Portfólio de Aprendizagens, do Seminário Integrador, o que foi muito gratificante para mim, já que constantemente me atrasava em alguma atividade. Penso que ter conseguido realizar as atividades propostas se deve ao fato de estarem ligadas diretamente com a prática, com a atividade do estágio, que é o meu trabalho, e que por sinal gosto muito.

sábado, 20 de novembro de 2010

EIXO 7

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E CURRÍCULO VII

TEORIAS EM AÇÃO


Este sétimo eixo do Pead foi realizado no segundo semestre de 2009. As interdisciplinas cursadas foram:
Seminário Integrador VII
Didática, Planejamento e Avaliação
Linguagem e Educação
Educação de Jovens e Adultos no Brasil
Educação e Libras

A interdisciplina de Libras foi de fundamental importância tanto para o estágio quanto para a realização do TCC, visto que a presença de um aluno surdo em sala de aula exigiu preparação adequada e conhecimentos específicos. Com o tema do TCC como a inclusão de um aluno surdo, os conhecimentos adquiridos nesta interdisciplina foram utilizados e serviram como guia para a busca por novos saberes pertinentes sobre tema, para auxiliar também na prática de sala de aula.

Aprendemos sobre inclusão e exclusão tanto na escola como na sociedade, vendo a educação como um grande desafio que envolve dificuldades, diferenças, qualidade, comunicação, limites, planejamento, processo.

A língua de sinais hoje constitui uma complexa e abrangente língua, com características gramaticais próprias da sua cultura.

Foi neste semestre que analisamos o blog portfólio de uma colega de outro pólo. Atividades esta que me fez refletir sobre a minha dedicação à certos detalhes do curso, pois vendo o que os colegas fazem é possível estabelecer comparações que podem levar ao crescimento na aprendizagem.

Considero o blog uma ferramenta importante para a consolidação das aprendizagens, visto que aprendemos melhor a partir das reflexões que fazemos acerca das leituras e trabalhos realizados. Muitas vezes não queremos perder mais tempo realizando postagens sobre atividades já feitas, mas uma pequena “perda” de tempo após cada trabalho realizado resultaria em ganho de tempo ao final do processo, visto que cada atividade realizada já haveria sido devidamente analisada, sendo mais fácil a compreensão do todo, visualizando de forma mais consciente e consolidada a relação entre as interdisciplinas.

Em didática estudamos vários educadores importantes, entre eles gostaria de destacar Célestin Freinet, ele foi um educador francês que desenvolveu atividades hoje comuns, como as aulas-passeio e o jornal de casse, e criou um projeto de escola popular, moderna e democrática. Particularmente, este tipo de aula, onde o aluno tem contato direto com o objeto de estudo no meio natural como nas aulas em que há saídas de campo, me agrada muito, já que gosto de trabalhar com educação ambiental, não só por gosto, mas por acreditar que a conscientização ambiental é a única forma de nos mantermos neste planeta.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

EIXO 6

Este eixo do curso foi realizado no primeiro semestre de 2009. O título do eixo foi “Prática pedagógica e currículo VI, Docência e processos educacionais inclusivos”, com as seguintes interdisciplinas: Seminário Integrador VI, Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II, Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, Filisofia da Educação e Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História.

Assistimos o filme “Entre os muros da escola”, que revelou muitos conflitos e situações cotidianas de uma escola situada na França, mas que muito se assemelham as situações que ocorrem nas nossas escolas brasileiras. As aprendizagens ocorridas no momento do estabelecimento das relações entre o que era vivenciado pelos alunos e o que o professor solicitara foram acontecendo à medida que os próprios alunos foram falando de suas vidas, suas dúvidas, certezas e até sentimentos, contemplando o que disse Piaget, no texto Desenvolvimento e Aprendizagem: “Em geral, a aprendizagem é provocada por situações - provocada por um experimentador psicológico; ou por um professor, com referência a algum ponto didático; ou por uma situação externa.”

O filme, de um modo geral, apresenta muitos conflitos do desenvolvimento humano, onde percebemos que é necessária a colaboração, mas esta sendo imposta torna a convivência difícil em várias situações. Os princípios morais de cada um têm grande influência no desenvolvimento da autonomia e convivência, pois há grande diversidade entre os alunos da turma. Percebe-se que a mediação do professor é de fundamental importância, e que esta não necessariamente deve amenizar os conflitos, mas pô-los em discussão de forma organizada para a própria resolução dos mesmos.

A interdisciplina que mais me marcou foi Filosofia da Educação, a partir da leitura do texto: AINDA É POSSÍVEL EDUCAR?

Após a leitura do texto de Theodor Adorno fiquei muito curiosa em relação ao que seria Auschwitz. Pesquisei sobre isso e percebi que se referia a uma cidade em que ocorreram barbaridades durante a Segunda Guerra Mundial. Li sobre o assunto na internet e fiquei mais curiosa ainda, pois há divergência sobre a veracidade dos fatos como foram contados.

A relação que podemos ver entre educação, civilização e barbárie é justamente a forma como a educação é entendida e executada. Se atualmente, depois de sabermos de tantos fatos da história da humanidade, de tantas coisas ruins e também de acontecimentos bons, continuarmos deixando as barbaridades acontecerem é porque a educação que queremos não está se efetivando. Acredito que se temos exemplos de experiências já ocorridas, temos também o dever de considerarmos tais fatos para nos espelharmos ou não neles. Se a educação que queremos não está sendo efetivada é porque nem todos a querem.

A educação pode ser para civilizar - ensinar regras, convivência, valores - ou pode ser para barbarizar - ensinar violência, poder pela força, individualismo. Não podemos deixar que aos poucos a barbárie tome conta da nossa sociedade. A violência que existe na sociedade atual, inclusive nas escolas é uma barbárie que parece muitas vezes estar sendo ignorada. Sabemos do problema e tentamos ficar o mais longe possível dele. Não é assim que iremos resolver - é necessário tomar consciência do que está acontecendo.

É necessário educar para a civilização, pois se a educação for direcionada para o individualismo os cidadãos formados poderão ser mais bárbaros do que civilizados, pois o que se ganha pela força não é mérito da civilização, e sim da barbárie. Não é fácil admitir que educamos para moldar as pessoas de acordo com os interesses de alguém, mas as escolas ensinam como se comportar em diferentes ambientes e acontecimentos – seria isso uma domesticação?

O certo é que a educação não está conseguindo alcançar muitos de seus objetivos porque as pessoas, em geral, querem ser livres para escolher o seu caminho, e a liberdade dá margem para escolhas que não foram planejadas para o bem comum da humanidade. É necessário entender que a liberdade pode ser compreendida por muitas pessoas de formas distintas, pois numa sociedade a liberdade tem seus limites, enquanto que fora dela tais limites podem não existir.

A educação para a civilização serve para controlar a humanidade. A falta de educação deixa as pessoas bárbaras, individualistas e egoístas.

A educação escolar está passando por dificuldades, a violência que existe na sociedade e dentro da escola é um resquício da nossa própria primitividade. Na escola tentamos fazer desaparecer esse primitivo de cada um por si que insiste em existir dentro de nós. Temos o objetivo de ensinar as crianças a escolherem os seus caminhos – mostramos que existem caminhos diferentes – elas podem escolher o caminho da luz ou o caminho da escuridão. O caminho da luz é o da felicidade e o caminho da escuridão é onde predomina a tristeza – estes caminhos são o resultado das nossas escolhas. Na luz as pessoas enxergam com clareza os fatos e no escuro são guiadas apenas pelo instinto, não conseguindo compreender todo o contexto.

Uma pessoa que é educada com violência não aprende a ser carinhosa. A educação ensina a pessoa a viver de determinada maneira. A barbárie faz parte de um tipo de educação. A civilização faz parte de um tipo de educação. Eduquemos para a civilização e não para a barbárie.

A relação deste eixo com o estágio e TCC está mais ligada às concepções que temos de educação, pois agimos de acordo com o que pensamos e achamos ser o certo. O que julgamos ser o certo depende da realidade e educação de cada um. Queremos educar para a liberdade ou para a obediência. Formar cidadãos conscientes e críticos ou que possam mais facilmente ser manipulados?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Eixo 5

No segundo semestre de 2008, foi realizado o oitavo eixo do PEAD. “Práticas pedagogias e currículo V, Políticas Públicas e Gestão na Educação” foi o tema que englobou as seguintes interdisciplinas: Projeto pedagógico em Ação, Organização do Ensino Fundamental, Organização e Gestão da Educação, Psicologia da Vida Adulta e Seminário Integrador V.

Estudamos sobre gestão escolar. A gestão democrática na escola é um grande desafio. Contar com a participação efetiva de todos os segmentos envolvidos na educação requer tempo para que as pessoas compreendam sua importância individual e coletiva para o todo da escola. Não é fácil implantar uma gestão, é um processo lento e que vai se aprimorando com a própria prática participativa. Essa gestão requer que sejamos sujeitos de nossas vidas, individual e coletivamente. Envolve muita gente, mais trabalho. O trabalho na escola democrática é muito maior em relação ao planejamento, pois tudo deve ser pensado e feito conjuntamente. Atualmente existem leis que garantem a participação de todos os segmentos envolvidos com a educação na escola, mas essa participação nem sempre acontece de forma consciente, ativa e efetiva. Numa cultura democrática, discordar é importante, pois são diferentes visões sobre o mesmo processo educativo, o que possibilita a ocorrência de conflitos onde houver participação na tomada de decisões, pois as pessoas pensam de maneira diferente, sendo essa uma característica fundamental para a gestão democrática, pois se todos concordassem com tudo sempre não haveria participação ativa no processo. Um trecho do texto de Dalila Andrade Oliveira (2008) só vem a confirmar que para uma gestão democrática é necessário tempo e muita conversa, pois mesmo na diversidade é necessário entrarmos num consenso: “O paradoxo observado entre as demandas por maior autonomia na organização e gestão escolar e a busca defensiva pelos sindicatos como agentes de defesa de uma ordem burocrática fundada nas garantias estatutárias e profissionais indicam que a escola brasileira vive um processo de mudança que necessita ser observado de perto e que há um grande hiato a ser preenchido.” Quando nos dispomos a mudar, não podemos simplesmente esquecer tudo o que já havíamos feito, mas tomar como exemplo. As diferentes opiniões entre os próprios professores geram conflitos que necessitam de conversa, convencimento, imparcialidade, flexibilidade de pensamento.

A educação é um desafio, é necessário coragem para fazer e mudar o que for preciso, o que não é fácil, mas é fundamental. Para melhor pensarmos na gestão escolar analisamos as escolas em que cada uma trabalha, pensando sobre a atuação dos diferentes seguimentos no planejamento da escola.

“Quem ensina aprende ao ensinar, quem aprende ensina ao aprender”. Quando todos os professores se derem conta de que não são só os alunos que aprendem, e que apesar de termos mais conhecimentos acumulados e experiência de vida, também os alunos têm muito a nos ensinar, aí sim a educação estará no caminho certo, pois todos podemos aprender, e cada um pensa de forma diferente, o que enriquece o aprendizado de todos.

É na escola que a maioria das crianças tem a oportunidade de expressar-se, descobrir, interagir e aprender, e é isso que motiva os professores que ainda creditam que a escola tem jeito sim, e que a educação pode mudar o mudar o mundo, pois como disse Paulo Freire, “A educação não muda o mundo, a educação muda as pessoas, as pessoas mudam o mundo”.

As inovações e descobertas são mais significativas quando o aluno se sente parte do processo de aprendizagem.

Em relação ao estágio e TCC este semestre contribuiu para a minha formação de uma maneira geral, não específica. Tudo o que passamos e vamos aprendendo ao longo da vida contribui para a formação do que cada um é, influenciando nas futuras escolhas e decisões. Neste semestre aprendi sobre a organização da escola e participação dos diferentes seguimentos, aprendendo e refletindo, principalmente sobre o papel de cada um na escola e também pensando sobre a atuação na sociedade.