segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A REVISÃO CURSO

Neste semestre, no Seminário Intergrador IX, realizamos uma postagem referente a cada eixo, dos semestres anteriores. A busca pelo que já havia sido estudado não foi fácil, principalmente no início do semestre, em que as regras ainda não estavam bem entendidas.
A minha primeira postagem sobre o eixo I foi bastante simplificada, o que resultou em uma nova postagem mais completa, e muita incerteza. Eu não sabia se conseguiria realizar todas as atividades, já que o tcc e as leituras correspondestes, estavam tomando muito tempo, e as postagens referentes aos eixos anteriores deveriam contemplar bem mais do que eu havia entendido necessitar. Durante alguns dias fiquei muito angustiada, e realizei a postagem do segundo eixo bem completa, falando um pouco sobre cada interdisciplina. A realização desta postagem deixou-me mais preocupada ainda, pois utilizei vários turnos para realizá-la. Após tudo isso percebi que muitas colegas não estavam escrevendo sobre todas as interdisciplinas, então conversei com a professora Nádie, e fiquei um pouco mais tranquila, pois ela disse que não era necessário responder a todos os questionamentos sobre cada eixo, mas sim contemplar o que foi pedido na realização da próxima postagem.
A revisão de cada eixo, evidenciando aprendizados mais significativos de uma interdisciplina foi muito interessante e serviu para uma reflexão mais profunda sobre o assunto que foi muito relevante para a minha formação como professora e como pessoa.
Não foi tarefa fácil, mas o resultado foi muito positivo, já que, ao final do curso, relembramos conhecimentos muito significativos.
A realização do tcc não foi fácil, mas o resultado foi bom.
As coisas fáceis muitas vezes não são valorizadas, pois não precisamos nos empenhar muito ao realizá-las. O esforço possibilita maior aproveitamento do tema em questão, maior valorização do produto. Quanto mais nos esforçamos, mais conseguimos ultrapassar nossos limites e aumentarmos nossa capacidade de aprendizagem.

RUMO À FORMATURA...

domingo, 28 de novembro de 2010

EIXO 9

Este eixo está sendo realizado neste segundo semestre de 2010, com o título “Práticas pedagógicas, Currículo e Ambiente de aprendizagem IX – Pedagogias, Práticas e Pesquisa”.

As interdisciplinas cursadas são Seminário Integrador IX e Trabalho de Conclusão de Curso.

No Seminário Integrador a tarefa foi rever cada eixo do curso, desde o início, trazendo as aprendizagens mais significativas.

No Trabalho de Conclusão de Curso foi realizado um estudo acerca de um tema relevante observado durante o período de estágio, no semestre anterior.

A inclusão na educação infantil é o assunto abordado neste trabalho. A surdez diz respeito ao fato de a pessoa não ouvir. Um dos maiores problemas neste caso é a comunicação, mas esta pode ser realizada de diversas outras maneiras, incluindo a língua de sinais. A partir do trabalho com uma turma de alunos de maternal, na qual um aluno é surdo, é fundamental pensar sobre a aprendizagem da turma como um todo.

A partir da observação da interação entre os alunos e da demonstração de aprendizagem por meio das atitudes e realização das tarefas propostas se pretendeu verificar as vantagens e desvantagens da inclusão de um aluno surdo numa turma de ouvintes, na educação infantil.

Analisar as atitudes e aprendizagens dos alunos ouvintes e do aluno surdo levando em consideração os estudos das pesquisadoras Ana Paula Santana e Isabel Parolin se constituiu no foco principal deste trabalho, que teve como questão central “Como a inclusão de um aluno surdo na educação infantil contribui para a aprendizagem da turma como um todo?”.

Para responder a esta questão foi necessário verificar como os alunos estão aprendendo. A pesquisa foi realizada a partir de leituras e observações feitas em sala de aula e registros escritos e imagens das atitudes e aprendizagens dos alunos, focalizando principalmente na contribuição da interação entre os alunos para a aprendizagem da turma como um todo.

A interação entre as pessoas possibilita o contato com o antes desconhecido, ou mesmo a aceitação de outro ponto de vista antes não percebido. A educação escolar deve utilizar as diferenças para proporcionar aprendizagens. De acordo com Parolin (2010), promover a inclusão e aprendizagem, não é simplesmente colocar o aluno numa turma regular de ensino, mas utilizar as diferenças para ensinar.

Surda é a pessoa incapacitada de ouvir. Como a maioria dos surdos não fala, são considerados pelos leigos e por muitos professores ainda, como mudos. Escolher o melhor caminho a ser seguido não é fácil, pois mesmo com tantos estudos e informações acerca da surdez e diferentes formas de comunicação, ainda há divergências em relação à forma de comunicação mais eficiente e que atenda melhor as necessidades das pessoas surdas. Os ouvintes envolvidos com os surdos têm opiniões diferentes, e mesmo os surdos, nem todos compartilham a mesma opinião em relação à melhor forma de comunicação.

Aprendizagem é o que a escola deve possibilitar aos alunos, tenham eles ou não necessidades educacionais especiais. É necessário que a escola faça os devidos ajustes para ensinar a todas as crianças. Cada ser humano é diferente. Ensinar para que todos aprendam deve ser a meta de todas as escolas.

A inclusão deste aluno na educação infantil está sendo positiva, pois tanto os alunos ouvintes como o surdo estão aprendendo juntos. O aluno surdo é muito atento e perceptivo visualmente, mas ainda precisamos melhorar muito com ele, pois o desenvolvimento da linguagem oral é importante para os ouvintes e envolve tempo em sala de aula, deixando o aluno surdo um pouco deslocado em certos momentos.

domingo, 21 de novembro de 2010

EIXO 8

Este eixo foi realizado no primeiro semestre de 2010, com as interdisciplinas Seminário Integrador VIII e Estágio Supervisionado: em docência 0 a 6 anos.

O meu estágio foi realizado com uma turma de Maternal na Escola Municipal de Educação Infantil Abelhinha, no município de Três Cachoeiras, escola na qual eu já trabalhava com a turma. A turma com quatorze alunos de três e quatro anos de idade. A orientadora foi Ivany Souza Ávila e tutora Marcia Caetano.

A experiência de um estágio na turma em que trabalho foi interessante e trouxe muitos aprendizados, pois foi necessário mais reflexão sobre os alunos e aulas do que estava habituada a fazer. Geralmente, quando estamos em sala de aula, observamos as atitudes dos alunos em relação ao que lhes é proposto pela professora, mas durante o estágio foi necessário registrar tudo de forma escrita, pois quando apenas observamos e não escrevemos, esquecemos mais rápido. A ação de escrita também possibilita outro momento de reflexão sobre nossas ações e os resultados que estamos obtendo ao longo do processo de aprendizagem.

A busca por justificativas teóricas para o que observamos e concluímos acerca do aprendizado dos alunos foi outra tarefa desafiadora. Buscar textos condizentes com a nossa prática e estudo leva tempo, mas nos possibilita melhor reflexão e aprendizados mais consolidados.

O texto Arquiteturas pedagógicas, escrito por Marie Jane Soares Carvalho, Rosane Aragon de Nevado e Crediné Silva de Medeiros apresentou opções para trabalhar com os alunos, de acordo com a arquitetura escolhida, que poderia ser Projeto de Aprendizagem, Estudo de Caso, Aprendizagem Incidente e Ação Simulada. Destes o PA (projeto de aprendizagem) foi o mais significativo, pois trabalhamos nesta perspectiva no semestre anterior. Desenvolver um PA com alunos pequenos não foi possível, embora tenha tentado maneiras para desenvolvê-lo, percebo que é necessário mais autonomia por parte do aluno. Na idade dos meus alunos ainda é necessário orientá-los e supervisioná-los e perto, em cada atividade. Considero que a tentativa foi válida, mas desenvolver PA com alunos tão pequenos, da forma como aprendemos, a meu ver, não é possível.

Neste semestre consegui realizar as postagens semanais no Blog Portfólio de Aprendizagens, do Seminário Integrador, o que foi muito gratificante para mim, já que constantemente me atrasava em alguma atividade. Penso que ter conseguido realizar as atividades propostas se deve ao fato de estarem ligadas diretamente com a prática, com a atividade do estágio, que é o meu trabalho, e que por sinal gosto muito.

sábado, 20 de novembro de 2010

EIXO 7

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E CURRÍCULO VII

TEORIAS EM AÇÃO


Este sétimo eixo do Pead foi realizado no segundo semestre de 2009. As interdisciplinas cursadas foram:
Seminário Integrador VII
Didática, Planejamento e Avaliação
Linguagem e Educação
Educação de Jovens e Adultos no Brasil
Educação e Libras

A interdisciplina de Libras foi de fundamental importância tanto para o estágio quanto para a realização do TCC, visto que a presença de um aluno surdo em sala de aula exigiu preparação adequada e conhecimentos específicos. Com o tema do TCC como a inclusão de um aluno surdo, os conhecimentos adquiridos nesta interdisciplina foram utilizados e serviram como guia para a busca por novos saberes pertinentes sobre tema, para auxiliar também na prática de sala de aula.

Aprendemos sobre inclusão e exclusão tanto na escola como na sociedade, vendo a educação como um grande desafio que envolve dificuldades, diferenças, qualidade, comunicação, limites, planejamento, processo.

A língua de sinais hoje constitui uma complexa e abrangente língua, com características gramaticais próprias da sua cultura.

Foi neste semestre que analisamos o blog portfólio de uma colega de outro pólo. Atividades esta que me fez refletir sobre a minha dedicação à certos detalhes do curso, pois vendo o que os colegas fazem é possível estabelecer comparações que podem levar ao crescimento na aprendizagem.

Considero o blog uma ferramenta importante para a consolidação das aprendizagens, visto que aprendemos melhor a partir das reflexões que fazemos acerca das leituras e trabalhos realizados. Muitas vezes não queremos perder mais tempo realizando postagens sobre atividades já feitas, mas uma pequena “perda” de tempo após cada trabalho realizado resultaria em ganho de tempo ao final do processo, visto que cada atividade realizada já haveria sido devidamente analisada, sendo mais fácil a compreensão do todo, visualizando de forma mais consciente e consolidada a relação entre as interdisciplinas.

Em didática estudamos vários educadores importantes, entre eles gostaria de destacar Célestin Freinet, ele foi um educador francês que desenvolveu atividades hoje comuns, como as aulas-passeio e o jornal de casse, e criou um projeto de escola popular, moderna e democrática. Particularmente, este tipo de aula, onde o aluno tem contato direto com o objeto de estudo no meio natural como nas aulas em que há saídas de campo, me agrada muito, já que gosto de trabalhar com educação ambiental, não só por gosto, mas por acreditar que a conscientização ambiental é a única forma de nos mantermos neste planeta.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

EIXO 6

Este eixo do curso foi realizado no primeiro semestre de 2009. O título do eixo foi “Prática pedagógica e currículo VI, Docência e processos educacionais inclusivos”, com as seguintes interdisciplinas: Seminário Integrador VI, Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II, Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, Filisofia da Educação e Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História.

Assistimos o filme “Entre os muros da escola”, que revelou muitos conflitos e situações cotidianas de uma escola situada na França, mas que muito se assemelham as situações que ocorrem nas nossas escolas brasileiras. As aprendizagens ocorridas no momento do estabelecimento das relações entre o que era vivenciado pelos alunos e o que o professor solicitara foram acontecendo à medida que os próprios alunos foram falando de suas vidas, suas dúvidas, certezas e até sentimentos, contemplando o que disse Piaget, no texto Desenvolvimento e Aprendizagem: “Em geral, a aprendizagem é provocada por situações - provocada por um experimentador psicológico; ou por um professor, com referência a algum ponto didático; ou por uma situação externa.”

O filme, de um modo geral, apresenta muitos conflitos do desenvolvimento humano, onde percebemos que é necessária a colaboração, mas esta sendo imposta torna a convivência difícil em várias situações. Os princípios morais de cada um têm grande influência no desenvolvimento da autonomia e convivência, pois há grande diversidade entre os alunos da turma. Percebe-se que a mediação do professor é de fundamental importância, e que esta não necessariamente deve amenizar os conflitos, mas pô-los em discussão de forma organizada para a própria resolução dos mesmos.

A interdisciplina que mais me marcou foi Filosofia da Educação, a partir da leitura do texto: AINDA É POSSÍVEL EDUCAR?

Após a leitura do texto de Theodor Adorno fiquei muito curiosa em relação ao que seria Auschwitz. Pesquisei sobre isso e percebi que se referia a uma cidade em que ocorreram barbaridades durante a Segunda Guerra Mundial. Li sobre o assunto na internet e fiquei mais curiosa ainda, pois há divergência sobre a veracidade dos fatos como foram contados.

A relação que podemos ver entre educação, civilização e barbárie é justamente a forma como a educação é entendida e executada. Se atualmente, depois de sabermos de tantos fatos da história da humanidade, de tantas coisas ruins e também de acontecimentos bons, continuarmos deixando as barbaridades acontecerem é porque a educação que queremos não está se efetivando. Acredito que se temos exemplos de experiências já ocorridas, temos também o dever de considerarmos tais fatos para nos espelharmos ou não neles. Se a educação que queremos não está sendo efetivada é porque nem todos a querem.

A educação pode ser para civilizar - ensinar regras, convivência, valores - ou pode ser para barbarizar - ensinar violência, poder pela força, individualismo. Não podemos deixar que aos poucos a barbárie tome conta da nossa sociedade. A violência que existe na sociedade atual, inclusive nas escolas é uma barbárie que parece muitas vezes estar sendo ignorada. Sabemos do problema e tentamos ficar o mais longe possível dele. Não é assim que iremos resolver - é necessário tomar consciência do que está acontecendo.

É necessário educar para a civilização, pois se a educação for direcionada para o individualismo os cidadãos formados poderão ser mais bárbaros do que civilizados, pois o que se ganha pela força não é mérito da civilização, e sim da barbárie. Não é fácil admitir que educamos para moldar as pessoas de acordo com os interesses de alguém, mas as escolas ensinam como se comportar em diferentes ambientes e acontecimentos – seria isso uma domesticação?

O certo é que a educação não está conseguindo alcançar muitos de seus objetivos porque as pessoas, em geral, querem ser livres para escolher o seu caminho, e a liberdade dá margem para escolhas que não foram planejadas para o bem comum da humanidade. É necessário entender que a liberdade pode ser compreendida por muitas pessoas de formas distintas, pois numa sociedade a liberdade tem seus limites, enquanto que fora dela tais limites podem não existir.

A educação para a civilização serve para controlar a humanidade. A falta de educação deixa as pessoas bárbaras, individualistas e egoístas.

A educação escolar está passando por dificuldades, a violência que existe na sociedade e dentro da escola é um resquício da nossa própria primitividade. Na escola tentamos fazer desaparecer esse primitivo de cada um por si que insiste em existir dentro de nós. Temos o objetivo de ensinar as crianças a escolherem os seus caminhos – mostramos que existem caminhos diferentes – elas podem escolher o caminho da luz ou o caminho da escuridão. O caminho da luz é o da felicidade e o caminho da escuridão é onde predomina a tristeza – estes caminhos são o resultado das nossas escolhas. Na luz as pessoas enxergam com clareza os fatos e no escuro são guiadas apenas pelo instinto, não conseguindo compreender todo o contexto.

Uma pessoa que é educada com violência não aprende a ser carinhosa. A educação ensina a pessoa a viver de determinada maneira. A barbárie faz parte de um tipo de educação. A civilização faz parte de um tipo de educação. Eduquemos para a civilização e não para a barbárie.

A relação deste eixo com o estágio e TCC está mais ligada às concepções que temos de educação, pois agimos de acordo com o que pensamos e achamos ser o certo. O que julgamos ser o certo depende da realidade e educação de cada um. Queremos educar para a liberdade ou para a obediência. Formar cidadãos conscientes e críticos ou que possam mais facilmente ser manipulados?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Eixo 5

No segundo semestre de 2008, foi realizado o oitavo eixo do PEAD. “Práticas pedagogias e currículo V, Políticas Públicas e Gestão na Educação” foi o tema que englobou as seguintes interdisciplinas: Projeto pedagógico em Ação, Organização do Ensino Fundamental, Organização e Gestão da Educação, Psicologia da Vida Adulta e Seminário Integrador V.

Estudamos sobre gestão escolar. A gestão democrática na escola é um grande desafio. Contar com a participação efetiva de todos os segmentos envolvidos na educação requer tempo para que as pessoas compreendam sua importância individual e coletiva para o todo da escola. Não é fácil implantar uma gestão, é um processo lento e que vai se aprimorando com a própria prática participativa. Essa gestão requer que sejamos sujeitos de nossas vidas, individual e coletivamente. Envolve muita gente, mais trabalho. O trabalho na escola democrática é muito maior em relação ao planejamento, pois tudo deve ser pensado e feito conjuntamente. Atualmente existem leis que garantem a participação de todos os segmentos envolvidos com a educação na escola, mas essa participação nem sempre acontece de forma consciente, ativa e efetiva. Numa cultura democrática, discordar é importante, pois são diferentes visões sobre o mesmo processo educativo, o que possibilita a ocorrência de conflitos onde houver participação na tomada de decisões, pois as pessoas pensam de maneira diferente, sendo essa uma característica fundamental para a gestão democrática, pois se todos concordassem com tudo sempre não haveria participação ativa no processo. Um trecho do texto de Dalila Andrade Oliveira (2008) só vem a confirmar que para uma gestão democrática é necessário tempo e muita conversa, pois mesmo na diversidade é necessário entrarmos num consenso: “O paradoxo observado entre as demandas por maior autonomia na organização e gestão escolar e a busca defensiva pelos sindicatos como agentes de defesa de uma ordem burocrática fundada nas garantias estatutárias e profissionais indicam que a escola brasileira vive um processo de mudança que necessita ser observado de perto e que há um grande hiato a ser preenchido.” Quando nos dispomos a mudar, não podemos simplesmente esquecer tudo o que já havíamos feito, mas tomar como exemplo. As diferentes opiniões entre os próprios professores geram conflitos que necessitam de conversa, convencimento, imparcialidade, flexibilidade de pensamento.

A educação é um desafio, é necessário coragem para fazer e mudar o que for preciso, o que não é fácil, mas é fundamental. Para melhor pensarmos na gestão escolar analisamos as escolas em que cada uma trabalha, pensando sobre a atuação dos diferentes seguimentos no planejamento da escola.

“Quem ensina aprende ao ensinar, quem aprende ensina ao aprender”. Quando todos os professores se derem conta de que não são só os alunos que aprendem, e que apesar de termos mais conhecimentos acumulados e experiência de vida, também os alunos têm muito a nos ensinar, aí sim a educação estará no caminho certo, pois todos podemos aprender, e cada um pensa de forma diferente, o que enriquece o aprendizado de todos.

É na escola que a maioria das crianças tem a oportunidade de expressar-se, descobrir, interagir e aprender, e é isso que motiva os professores que ainda creditam que a escola tem jeito sim, e que a educação pode mudar o mudar o mundo, pois como disse Paulo Freire, “A educação não muda o mundo, a educação muda as pessoas, as pessoas mudam o mundo”.

As inovações e descobertas são mais significativas quando o aluno se sente parte do processo de aprendizagem.

Em relação ao estágio e TCC este semestre contribuiu para a minha formação de uma maneira geral, não específica. Tudo o que passamos e vamos aprendendo ao longo da vida contribui para a formação do que cada um é, influenciando nas futuras escolhas e decisões. Neste semestre aprendi sobre a organização da escola e participação dos diferentes seguimentos, aprendendo e refletindo, principalmente sobre o papel de cada um na escola e também pensando sobre a atuação na sociedade.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Eixo 4

O eixo quatro foi realizado no primeiro semestre de 2008, e tinha como título central “Prática pedagógica e currículo, construção de projetos para ambientes educacionais”. A interdisciplinas cursadas neste eixo foram: Representação do mundo pela Matemática; Representação do mundo pelas Ciências Naturais; Representação do mundo pelos Estudos Sociais e Seminário Integrador IV.

Trabalhamos em conjunto, nas interdisciplinas, os conceitos de espaço e tempo. De acordo com Ilya Prigogine o tempo se inscreve na matéria e produz marcas que carregamos conosco como educadores, assim também os nossos alunos. O trabalho de orientação espaço-temporal deve ser contínuo, para que as crianças entendam de forma integral estes conceitos, assimilando-os e utilizando-os em sua rotina. O tempo não existe sem o espaço e vice-versa, há uma íntima relação entre um e outro. Não existe nada no espaço, em um lugar, que não tenha ocorrido num tempo, e nada pode ocorrer em um tempo determinado que não esteja localizado num espaço.

Neste eixo elaboramos um plano individual de estudos, o que contribuiu para uma melhor organização das muitas tarefas que desempenhamos, pois foi necessário pensar nos objetivos que tínhamos e em como realizaríamos tudo o que era necessário – parar, pensar e planejar é uma forma de organizar os afazeres com mais praticidade, o que gera economia de tempo. Muitas vezes simplesmente vamos fazendo o que tem que fazer e pensamos, não posso parar agora para escrever sobre o que vou fazer, tenho que fazer e pronto e acabamos envolvendo mais tempo do que gostaríamos, a parada para organização não é perda de tempo, muito pelo contrário, faz o tempo “render” mais.

Em ciências estudamos sobre as concepções que temos sobre a natureza, que podem ser influenciadas pelo que a mídia nos apresenta, na maioria das vezes com objetivos nada louváveis, pois as pessoas ainda pensam mais no ter do que no ser. Marise Basso Amaral escreveu em um artigo que vivemos em um tempo ímpar, mesclados pela tecnologia avançada ao alcance de quem pode pagar e pela contrastante miséria que muitos ainda insistem em não querer enxergar.


“O aprender não é espontâneo, o ensinar não é espontâneo. Por isso foi inventado a escola. Se a educação fosse espontânea não precisaríamos da escola”. Madalena Freire.

“Educar não é ensinar respostas, é ensinar a pensar”. Ruben Alves.

Falas extraídas do filme “O Saber e o Sabor”. O aprender não acontece da mesma forma para todos os alunos, o aprender e o ensinar foram inventados. Não aprendemos nem ensinamos espontaneamente, precisamos de regras, métodos, e isso é a escola que norteia. Precisamos da escola, precisamos apreender conceitos inventados, estipulados para aperfeiçoar as nossas vivências neste mundo tão cheio de novidades.

Este eixo foi muito importante para o trabalho de estágio, pois estudamos a prática de sala de aula e pensamos sobre o sentido do que trabalhamos com nossos alunos. O meu TCC é sobre a inclusão e aprendizagem dos alunos, o que está relacionado ao eixo, pois o objetivo da escola é a aprendizagem dos alunos, sejam eles ouvintes ou surdos.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Eixo 3

Neste eixo do curso, realizado no segundo semestre de 2007, cujo título central foi “Prática Pedagógica e Currículo III - Arte, Literatura, Corporeidade”, cursamos as interdisciplinas: Artes Visuais, Literatura Infantil e Aprendizagem, Ludicidade e Educação, Música na Escola, Seminário Integrador III e Teatro e Educação.

Rever o que fizemos neste semestre está sendo importante para mim, pois a partir do trabalho com estas interdisciplinas foi possível relacionar de maneira mais estreita a prática com a teoria. Os conteúdos estudados me ajudaram a entender melhor e aperfeiçoar muitas ações docentes na educação infantil. Foi neste semestre também que ocorreu uma grande mudança profissional na minha vida – eu trabalhava o dia todo numa escola de Educação Infantil e fui chamada para trabalhar numa escola estadual, por concurso público, no Ensino Médio, com Biologia - passei a trabalhar um turno em cada escola.

O contar histórias, o cantar, o brincar, o representar e a arte sempre estiveram presentes na minha prática docente, mas depois deste semestre de uma maneira mais consciente, porque a maioria dos conteúdos estudados fizeram muito sentido. Uma interdisciplina envolve a outra, elas estão relacionadas pela prática que fazemos a partir delas.

Todas estas interdisciplinas podem ser colocadas em prática, principalmente na educação infantil, em que trabalhamos basicamente o desenvolvimento da criança como ser social e que age no ambiente.

As interpretações de canções na forma de brincadeiras cantadas despertam nas crianças a vontade de participar e aprender. Neste tipo de atividade de representação estão envolvidas várias disciplinas como teatro, música, ludicidade, literatura.

A expressão artística envolvida ou não com outros assuntos é fundamental. A arte faz parte da nossa vida e está presente em todos os momentos. Cada representação gráfica ou plástica deve ser considerada como uma obra de arte, pois a representação artística depende do que o artista quer comunicar.

A exploração livre de diversos materiais constitui um instrumento importante para a criança externalizar alguns de seus sentimentos. Desta forma a arte está estreitamente ligada à ludicidade, pois o Lúdico é o uso da imaginação na realidade para brincar ou para recriá-la.

O olhar sobre a prática destas interdisciplinas é que teve mudanças significativas. Eu já as colocava em prática na minha ação docente, mas não conseguia separar uma da outra teoricamente, parece que tudo fazia parte de uma coisa só. Na prática estas interdisciplinas estão relacionadas e são trabalhadas ao mesmo tempo muitas vezes, mas elas têm seu papel individual no desenvolvimento dos seres.

Aprendi na interdisciplina de literatura que a forma de contar a história é muito importante, que elas devem ser preparadas e escolhidas anteriormente. A forma de contar as histórias deve ser variada, não devemos usar sempre a mesma metodologia.


Artes

Metodologia tradicional – autoritarismo, transmitir conteúdos reprodutivistas, que não se relacionam muitas vezes com o cotidiano e realidade dos sujeitos, desenvolvimento de destrezas e não para a liberdade de criação. Conforme Ferraz e Fusari, o objetivo é exercitar a vista, a mão, a inteligência, a memorização, o gosto e o senso moral. O trabalho é centrado na cópia.

Escola tecnicista – ensinar a fazer.

Escola nova – livre-expressão.

Metodologia Triangular – proposta metodológica que enfoca de forma integrada: o fazer artístico, a análise de obras e objetos de arte e a história da arte. Enfim como nos diz Mirian Celeste Martins, o que se pretende nas aulas de arte, nessa perspectiva, é a interação da criança com o campo da arte, o seu contato direto com ela,

Novas tendências para o ensino da arte segundo Ana Mae Barbosa: um maior compromisso com a cultura e com a história; ênfase na inter-relação entre o fazer, a leitura da obra de a contextualização histórica e social; desenvolvimento cultural e alfabetização visual dos alunos; compromisso com a diversidade cultural e conhecimento da imagem.

Releitura de obras de arte, de acordo com Pillar, não é cópia, mas uma forma de expressar o que entendeu, o que sentiu, é interpretação, criação.

Para Hernández obras de arte, na perspectiva multicultural, são representações sociais, constitutivas de visões de mundo de determinados grupos sociais e não apenas reproduzir cópias dos objetos artísticos de culturas diferentes, sem reflexão.

Com a visita à Bienal do Mercosul aprendi a compreender melhor a arte com fim em si mesma. As representações artísticas podem ser muito variadas e ter significados diversos, dependendo sempre da observação e interpretação a partir das obras.

O artista expressa em suas obras sentimentos, desejos, tristezas, emoções vividas e até protestos em relação a alguma realidade indesejada.

As vezes não entendemos o sentido de algumas obras sem a mediação de alguém que estudou e refletiu anteriormente sobre o assunto.

É necessário sensibilidade para apreciar arte.

A arte não é simplesmente a manifestação gráfica ou visual, envolve outras áreas do conhecimento também como música, dança, sonorização e movimento.


Literatura

Para a contação de histórias, de acordo com Celso Sisto, é necessário prestar atenção aos seguintes detalhes: “olhar para a platéia; linguagem de acordo com a platéia; linguagem fluida; não denunciar o erro; visualizar a história enquanto narra; criar um roteiro visual e verbal, por episódio, na seqüência da história; usar gestos expressivos; movimentar-se só quando a história “exigir”; não explicar a história; o texto deve falar por si mesmo; preparar a história antes; ensaiar sempre; não prender qualquer parte do corpo enquanto está contando; evitar movimentos repetitivos, que o tom de contar seja diferente do tom de bater-papo; projetar a voz em direção ao espaço; usar diversos ritmos no decorrer da narração; acreditar na história que está sendo contada; usar pausas durante a história, explorar o silêncio, o movimento sem palavras; dar à apresentação um tratamento de espetáculo.”

De acordo com o pesquisador Luís Camargo, “a poesia para crianças deve ser o espaço para o lúdico, para os sentimentos, para o trabalho gratuito com as palavras, para as imagens, para o descompromisso com o entendimento “correto” (que não existe), distanciando-se do estritamente pedagógico”.


Ludicidade

Em seu texto, Neusa Maria Carlan Sá, define o lúdico como “uma dimensão humana que evoca os sentimentos de liberdade e espontaneidade de ação. Abrange atividades despretenciosas, descontraídas e desobrigadas de toda e qualquer espécie de intencionalidade ou vontade alheia. É livre de pressões e avaliações.”

Estudamos que o brinquedo é uma atividade voltada para o lazer e que o jogo também pode ter este objetivo, mas tem o lado competitivo.


Música

A música, a sonoridade está presente em nossa vida em todos os momentos, e nos provoca sentimentos, ela nos provoca sensações boas e ruins, nos faz sentir vontade de rir ou chorar, de dançar, pular, enfim, é uma forma de mostrarmos, externarmos nossos sentimentos, que muitas vezes tentamos esconder.

Desenvolvi com os meus alunos muitas vezes atividades de escuta, cantos e brincadeiras cantadas que envolviam a movimentação corporal num espaço determinado. Estudamos na interdisciplina de música que a escuta é fundamental para o desenvolvimento auditivo crítico.

A expressão corporal se constitui numa ferramenta muito importante para o desenvolvimento da criança como um ser social. A partir de brincadeiras cantadas, utilizando tons de voz diferenciados percebi que os meus alunos aprenderam a se concentrar melhor se divertindo também. Estudanto música aprendi a diferenciar timbre e tom de voz, melodia e ritmo, coisas que muitas vezes confundimos sem nos darmos conta da importância que tem, por exemplo, a identidade de uma voz, pois o timbre de cada um é único.

Aprendemos que não são apenas as canções que fazem parte desta interdisciplina. Toda a sonoridade pode ser considerada música aos nossos ouvidos, pois a música é o resultado da combinação de muitos sons.


Teatro

Na interdisciplina de teatro aprendemos que para a expressão corporal, a exploração do ambiente e o conhecimento deste é muito importante, pois assim as crianças se sentirão a vontade para representar.

O teatro na escola tem sua importância no desenvolvimento do indivíduo como um todo, visando uma melhoria na sua qualidade de vida a partir das ações individuais mais criativas, intuitivas, autônomas e livres de preconceitos. Visa o melhor relacionamento e cumplicidade dentro de um grupo, bem como o apoio recebido deste.

O teatro não é apenas a representação dramática explicitada em grandes espetáculos, e sim tudo o que envolve o ator, espectador e uma ação representadora.

O teatro não deve ser usado apenas para trabalhar os conteúdos de outras disciplinas. O conhecimento teatral é importante para o indivíduo como conhecimento de comunicação e ação corporal.


Seminário Integrador

Criação dos blogs Portfólio de aprendizagens. Estudamos sobre os conceitos de “evidência” e “argumentação” a partir do filme Doze Homens e uma Sentença.


Integrando a interdisciplinas

Durante uma contação de histórias podem estar envolvidas uma ou mais músicas, abrangendo a sonoridade de muitas formas, como o tom da voz, o ritmo e a melodia.

Também durante uma história pode ser envolvido o brinquedo e o jogo, criando, durante a contação, fatos e fantasias imaginados pelas crianças que participam ativamente da história.

O teatro também pode e deve estar inserido numa contação de histórias, pois envolve um tipo de dramatização, com atores e platéia, sendo que algo está sendo comunicado.

As crianças desenvolvem sua fala a partir das músicas e brincadeiras cantadas, além de proporcionar mais diversão ao dia de aula.

As interdisciplinas que estudamos se integram perfeitamente, pois a ludicidade está presente em todas elas, o teatro está presente em nossas ações, brincadeiras, histórias, interpretações. Com a música desenvolvemos também nosso lado teatral, lúdico e artístico. A literatura nos leva ludicamente a um mundo de imaginação e arte está em toda parte. O seminário integrador nos auxiliou a ter mais claro nossas aprendizagens buscando as evidências e argumentações.

Este semestre foi muito produtivo. Na vida pessoal ressignificou muitos conceitos, mexendo com meus conhecimentos sobre música, teatro e arte principalmente. Na vida profissional, como docente, houve aperfeiçoamento e construção de novos conhecimentos principalmente em literatura e ludicidade. Mesmo reconhecendo que algumas interdisciplinas foram mais significativas em certos momentos, não posso deixar de afirmar que as considero interligadas e quase que inseparáveis uma da outra na prática.


Relacionando com o TCC e o estágio

Pensando no estágio, posso dizer que todo esse eixo está diretamente ligado com o meu trabalho, pois a prática na Educação Infantil envolve o desenvolvimento das habilidades básicas para vivência num grupo.

Em relação ao TCC, pensei melhor principalmente sobre a musicalidade na escola, que ainda penso ser fundamental, juntamente com as outras interdisciplinas, mas que, no meu caso, com um aluno surdo, muda um pouco. A fala, na escola, é desenvolvida e aperfeiçoada como principal forma de comunicação entre os indivíduos, o que não se aplica totalmente quando se tem um aluno surdo.

O meu aluno surdo participa de todas as atividades na escola, mas na hora da roda, que é o momento em que cantamos, conversamos e contamos histórias, perde o interesse rapidamente quando a atividade envolve mais a fala. Algumas adaptações foram necessárias para integrar melhor esse aluno, mas mesmo assim ele fica um pouco deslocado durante os cantos e conversas. Sei que é extremamente importante adaptar a escola às necessidades dos alunos, mas ainda tenho treze crianças que necessitam desenvolver a linguagem oral e atenção auditiva. Mesmo tendo um aluno que necessita comunicar-se por língua de sinais, o que os outros também estão aprendendo, gradativamente é claro, a comunicação oral ainda é a principal forma de comunicação na escola e na sociedade.  

sábado, 2 de outubro de 2010

Eixo 2

O segundo semestre do curso foi realizado no primeiro semestre de 2007 com as seguintes interdisciplinas:

Desenvolvimento e aprendizagem sobre o enfoque da psicologia; Escolarização, espaço e tempo na perspectiva histórica; Fundamentos da alfabetização; Seminário Integrador II e Infâncias de 0 a 10 anos.

Em psicologia estudamos a epistemologia genética e as teorias de aprendizagem interacionismo, apriorismo e empirismo. Vimos que é necessário ter bem claro qual teoria acreditamos para que o desenvolvimento do trabalho docente ocorra de forma integral, pois seguindo uma linha de pensamento poderemos alcançar mais facilmente os objetivos e misturando teorias isso não é possível visto que a forma como ensinamos depende da forma como acreditamos que a aprendizagem acontece. Também estudamos as teorias psicológicas que trabalham as noções de desenvolvimento e aprendizagem Behaviorismo, Gestalt e Sócio-Interacionismo. Freud e os conceitos de inconsciente, repressão, complexo de Édipo, transferência, sintoma, hipnose, associação livre e sonhos também foi objeto de nosso estudo, bem como id, ego, superego e as fases do desenvolvimento afetivo.

Em Escolarização, Espaço e tempo na perspectiva histórica estudamos sobre a história da educação e função da escola, refletindo sobre o papel da educação na vida dos alunos com diferentes realidades. Conhecemos um pouco sobre a escola da ponte, onde a organização é totalmente voltada para interesse dos alunos, com uma estrutura totalmente diferenciada das escolas que tradicionalmente conhecemos, sem essa organização de turma por idade e currículos pré-definidos por séries.

Em Fundamentos da Alfabetização refletimos sobre o que é alfabetização e letramento. Resumidamente a alfabetização é decodificação do código escrito e Letramento é um processo bem mais amplo, que envolve a utilização do código escrito. Também estudamos os métodos sintético e analítico de aprendizagem da leitura e escrita, dos quais o primeiro inicia o processo da partes para o todo seno também chamado método fônico e o segundo também chamado global, dá ênfase ao conjunto antes das letras.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Respondendo ao comentário da postagem anterior

Revendo os assuntos estudados no primeiro eixo do curso posso concluir que não tem relação direta com o TCC, mas não se pode negar que as aprendizagens deste eixo contribuirão para a realização deste trabalho final, pois tudo o que somos e sabemos é fruto das aprendizagens construídas ao longo da vida. Novos conhecimentos contribuem para a reconstrução dos nossos saberes, o que ocorre continuamente.


O tema do meu trabalho de conclusão de curso é a inclusão de um aluno surdo numa turma regular na Educação Infantil. A interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade está mais próxima do assunto do trabalho, mas ainda não é específico o suficiente – é preciso ter algo sobre a comunidade surda no Brasil, sua história, carcaterísticas. A interdisciplina Escola, Projeto Pedagógico e Currículo também foi importante para entendermos melhor o funcionamento e importância da organização numa escola, mas também não está diretamente ligada ao assunto do trabalho, assim como no Seminário Integrador I e em TICS.

domingo, 5 de setembro de 2010

Primeiro eixo – 2006/2

Primeiro eixo - realizado em 2006/2.

No Seminário Integrador aprendemos a utilizar a tecnologia dos computadores utilizando as ferramentas virtuais: e-mail, blog e pbwiki. Também estudamos sobre a organização do nosso tempo. Foi realizada uma história colaborativa no pbwiki e participamos da trilha das pedras. Participamos de fórum no rooda a partir da leitura do texto "A ilha desconhecida" de José Saramago. Também fizemos a apresentação da escola em que cada um trabalha.

Foi neste eixo que tivemos as interdisciplinas “Escola, cultura e sociedade – abordagem Sociocultural e Antropológica”, “Educação e Tecnologias da Informação e da Comunicação” e “Escola, Projeto Pedagógico e Currículo”.

Para mim o trabalho sobre a organização do tempo foi muito significativo, pois no dia a dia não é fácil conseguirmos realizar tudo o que queremos, mas para que consigamos melhores resultados, a organização do tempo e a escolha de prioridades é fundamental.

O TCC

A decisão sobre o que pesquisar não é simples. Temos que levar em consideração se o tema escolhido tem bibliografia disponível, se não é amplo demais, se tem a ver com o trabalho realizado durante o estágio, pois é necessário a pesquisa de campo.

A questão central do meu Tcc está mais ou menos formulada:

Como a inclusão de um aluno surdo na educação infantil contribui para a aprendizagem da turma como um todo?

Pensei neste tema a partir de comentários e indicação da professora orientadora do estágio e Tcc. A partir do trabalho com uma turma de alunos de maternal, na qual um aluno é surdo, penso que é fundamental pensar sobre a aprendizagem da turma como um todo. O aluno surdo possui uma limitação na comunicação, mas há outra possibilidade de comunicação que está sendo experimentada por ele e por seus colegas no dia a dia. A comunicação é essencial na convivência entre as pessoas. Na turma em que trabalho a comunicação está sendo entendida pelos alunos de uma forma mais ampla, pois os ouvintes já entenderam que é necessário a língua de sinais para comunicar-se com o colega que é surdo, e acredito que estão aprendendo muito com as diferenças. A inserção de todas as pessoas na sociedade como agentes participantes e ativos é a inclusão que queremos, e esta já está acontecendo na sala de aula, mas é importante pensarmos sobre a aprendizagem de todos os alunos envolvidos. A partir da observação da interação entre os alunos e da demonstração de aprendizagem por meio das atitudes e realização das tarefas propostas pretendo verificar as vantagens e desvantagens da inclusão de um aluno surdo em uma turma de ouvintes, na educação infantil.

O trabalho será realizado a partir de pesquisa bibliográfica e de campo.

Alguns conceitos envolvidos na questão central estão sendo pensados a partir de alguns autores.

Aprendizagem – Jean Piaget.

Limites, Interação, Comunidade surda, Educação Infantil, Diferença.

O próximo passo é retomar cada eixo deste curso em busca de apoio bibliográfico para este trabalho.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pensando o TCC

Último semestre inicia...
Já se passaram oito até aqui...
Durante cada semestre os trabalhos foram muitos, que até parecia que o fim do curso não chegaria nunca.
Mas está chegando...
E agora até parece que passou rápido.
Passamos por tantas dificuldades, aprendemos muito.
Mais uma importante tarefa foi lançada: o TCC.

Inicialmente pensei em fazer um trabalho sobre a utilização de brinquedos confeccionados com materiais reutilizados, já que na educação infantil o aprendizado acontece a partir das brincadeiras, sejam elas livres ou orientadas. Agora estou pensando em fazer o trabalho sobre a construção dos limites nas crianças de três anos e sua importância para a aprendizagem.
Já pesquisei sobre alguns autores que falam sobre estes assuntos, mas é necessário delimitar melhor o assunto para escolher um ou dois autores, pois há muitos livros sobre estas temáticas.

Um dos livros que me chamou a atenção foi "O Caminho da Aprendizagem em Jean Piaget e Paulo Freire de FERNANDO BECKER". Eu gostaria de ler mais sobre Jean Piaget, mas seus livros não são tão acessíveis, e existem muitos. Piaget também escreveu sobre a importância da brincadeira para a aprendizagem, mas não consegui saber qual é o livro.

Estou pesquisando outros livros e autores sobre as temáticas de interesse.
Espero que este último semestre seja muito produtivo.
Vou me empenhar para realizar todas as tarefas solicitadas.


segunda-feira, 21 de junho de 2010

Observando as crianças

Durante cada aula é muito importante que a professora reserve um tempo para observar seus alunos, tanto nas atividades orientadas quanto na livres, pois é a partir das atitudes e reações das crianças que percebemos o quanto elas aprenderam.

Deixar que as crianças observem e tirem as suas conclusões acerca dos acontecimentos é uma forma de proporcionar crescimento intelectual e desenvolimento da autonomia do próprio aprendizado - não devemos dar as explicações prontas, mas indicar os caminhos para que as crianças descubram novos conhecimentos. A partir de um trabalho com a mistura das cores amarelo e azul os alunos perceberam imediatamente a mudança de cor para o verde - o que comprova o conhecimento que já possuem acerca das cores e promove um novo conhecimento prático: quando misturamos duas cores estamos criando outra cor. Embora essa informação tenha sido passada para os alunos várias vezes anteriormente, nas atividades com massinha de modelar por exemplo, é na prática da mistura das cores que os alunos visualizam e entendem o verdadeiro significado da mudança da cor, já que o conhecimento se torna mais significativo a partir do momento em que é prático, palpável.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PA na Educação Infantil

Eu estava tentando perceber as curiosidades das crianças para trabalhar um PA, mas é muito difícil, pois a turma que trabalho ainda é meio pequena para exercer a autonomia a este ponto. A curiosidade das crianças é evidente, pois sempre perguntam e querem ver e manusear os objetos e histórias, mas sempre a partir do que a professora apresenta - as curiosidades deles são momentâneas e práticas, visuais.

Um PA para ser desenvolvido com as crianças necessitaria de um tema escolhido pela professora, e muitas perguntas deveriam ser induzidas. Seria possível pesquisar algum assunto, mais por determinação da professora do que por iniciativa dos alunos, o que não quer dizer que não seja uma curiosidade dos alunos, mas ainda assim elaborada pela professora, a partir das observações realizadas em sala de aula.

Mesmo tendo este caminho para desenvolver um PA com crianças pequenas ainda é difícil encontrar tempo para anotar as curiosidades dos alunos, pois ainda envolvemos boa parte do tempo com cuidados básicos e conversas individuais para resolver conflitos cotidianos, tempo que poderia ser destinado à observação das atitudes das crianças.

sábado, 5 de junho de 2010

A minha turma de alunos

Trabalho na Escola Municipal de Educação Infantil Abelhinha, com uma turma de maternal, no turno da tarde. São quatorze crianças de três e quatro anos. São nove meninos e cinco meninas. Tem um aluno surdo. O planejamento é o mesmo para todos os alunos, porém, estou introduzindo, aos poucos, a língua de sinais, ensinado a todos os alunos os sinais mais básicos, pois é necessário que os colegas também identifiquem o que o colega surdo quer comunicar e que também consigam se fazer entender por ele. O ideal seria a interação deste aluno com outras crianças surdas, mas como não está sendo possível, penso que é válido esta interação que está havendo entre ele e as crianças ouvintes. Não é possível, como está organizada a escola, um trabalho individualizado com o aluno surdo, para ensinar os sinais, o que seria importante, mas isso também pode ser realizado em casa, onde a família ensina a língua de sinais, como se estivesse ensinando a falar, pois os sinais são a forma natural de a criança se comunicar. Não é uma tarefa fácil e rápida para a família, mas a escola e família trabalhando juntas, é possível faciliatar a comunicação com a criança surda. Ensinar a falar também não é fácil e nem tão rápido, pois as crianças ouvintes convivem com as palavras desde que nascem e só começam a pronunciar as primeiras palavras depois de aproximadamente um ano de vida – com o surdo não será diferente, é necessário tempo e disposição para entender e continuar ensinando os sinais, mesmo que não faça corretamente no início, as crianças quando pronunciam as primeiras vezes as palavras geralmente não as falam da maneira correta, vão aperfeiçoando a fala com a prática e o tempo. Com os surdos é a mesma coisa, desde que os adultos entendam que a limitação auditiva não precisa ser uma barreira de comunicação, mas é uma diferença na forma de comunicar. A criança surda deve ser tratada como uma criança normal, só que não ouve, mas é necessário seguir regras e respeitar os outros, assim como qualquer pessoa – não é porque tem uma limitação que deve ser tratada de forma diferente, ou mesmo ter prtivilégios por sua condição de surdo. Muitas vezes quando uma criança tem alguma limitação, é tratada como coitadinha e acaba tendo privilégios que podem deseducá-la.

domingo, 30 de maio de 2010

Descobertas

A escola é um local de descobertas. Nós professoras queremos que os nossos alunos aprendam cada coisa que lhes ensinamos, mas nem sempre isso acontece, pelo menos nem sempre logo no início. Quando percebemos que depois de tanto falar e trabalhar determinado assunto o aluno demonstra, através de alguma ação ou trabalho avaliativo, que não compreendeu a mensagem que tanto nos empenhamos em fazer o aluno entender, nos sentimos um pouco frustrados, é hora de avaliar a prática e muitas vezes pensamos e nos perguntamos – Onde foi que eu errei? Durante as construções e reconstruções do conhecimento é que vamos percebendo as informações e o mundo à nossa volta em relação a determinado assunto, e isso acontece em tempos diferentes para cada pessoa, inclusive para as crianças, então na verdade, pode não ter havido um erro do professor para que o aluno não aprendesse determinado conteúdo, e sim o fato de o aluno ainda estar em conflito em relação àquele conhecimento. A forma como a criança vê o mundo, o próprio ponto de vista, suas preferências são levadas em consideração quando aprendem algo e, às vezes, tomam conhecimento do fato, mas não internalizam porque não faz sentido prático para elas. Isso aconteceu essa semana comigo e com a minha aluna.


Após vários dias vendo, ouvindo e conversando sobre os alimentos saudáveis o os não saudáveis, sugeri um trabalho de escolha aos meus alunos – espalhei várias imagens de frutas, vegetais, balas e chocolates em cima da mesa e pedi para os alunos observarem. Cada criança pegou uma figura e falou se era saudável ou não e por que. Depois da conversa pedi aos alunos que escolhessem apenas alimentos saudáveis para colar na sua folha. Uma aluna escolheu os saudáveis e também vários que não são saudáveis, então eu perguntei a ela sobre isso e ela respondeu que todos eram bons. Eu refiz a pergunta e ela continuou afirmando que eram bons sim – eu acho que ela estava se referindo ao fato de gostar daqueles alimentos, mas continuou afirmando que eram bons mesmo após eu questionar, então penso que é um exemplo para o que escrevi acima – a menina está aprendendo, mas não passou por uma situação em que verificasse que determinados alimentos podem ser prejudiciais à sua saúde, ainda é um conhecimento superficial. Será que é isso que acontece com a maioria das pessoas em relação ao meio ambiente? Porque todos sabem que se o consumismo não tiver um freio imediatamente, e se não economizarmos água é energia elétrica, em pouco tempo não teremos mais recursos para gozar de qualquer conforto tecnológico, pelos não será acessível à maioria das pessoas. Será que é porque as pessoas não sentiram os efeitos da ação humana sobre a natureza que a maioria das pessoas age como se não se importasse? Enquanto a pessoa não vivencia, ela não aprende realmente? Mas é essencial que aprendamos com as vivências dos outros, para não cometermos os mesmo erros e também para que o conhecimento possa ser ampliado, e não simplesmente reproduzido.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Solidariedade

O dia da solidariedade foi sábado, dia 15 de maio. Resolvemos recolher doações de alimentos e agasalhos durante a semana na escola. Na quinta-feira dia 20, visitamos com as crianças, o Lar dos Idosos em Três Cachoeiras. A visita tinha o objetivo de levar um pouco de carinho aos moradores do lar, também os alimentos. Criança pequena as vezes tem medo do diferente, e lá tem pessoas bem mais velhas do que são acostumadas a conviver e em condições de saúde não muito boas. Antes da visita conversei com os alunos sobre a solidariedade, ajudar a quem precisa, sendo carinhoso. A visita foi muito gratificante, pois os alunos puderam conhecem o local, ter contanto com pessoas que precisam de atenção exercitando assim a solidariedade. É importante que desde de cedo as crianças conhecam diferentes realidades e exercitem a cidadania, que também é ajudar o próximo, seja com doações de alimentos ou apenas companhia a quem preciasa de atenção, pois um sorriso diz muito e custa pouco.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A agitação do dia a dia

Na escola as crianças frequentemente imitam em suas brincadeiras o que veem os adultos fazerem. A pressa que geralmente temos no dia a dia nos deixa agitados e muitas vezes impacientes. As crianças sentem o humor e as energias presentes nas pessoas e no ambiente, sendo que quando estamos muito apressados as crianças ficam mais agitadas. A criança apresenta disponibilidade para realizar as atividades propostas na escola e para brincar - elas possuem muita energia para gastar diariamente e precissam fazer isso. Em dias de chuva, com o espaço limitado para atividades físicas mais livres, acumulamos energia, muitas vezes tentando estravazá-la onde estamos e de maneiras que invadem o espaço do outro. Nesses dias é mais difícil conter os impulsos de agitação das crianças. É necessário que as crianças aprendam a se controlar de acordo com o ambiente em que se encontram, o que não é fácil. Precisamos canalizar essa energia de uma forma sadia, com atividades mais calmas e estar sempre atentos ao que estão fazendo, mesmo que apenas observando, pois é importante que tenham espaço para a criatividade em suas brincadeiras, que nem tudo o que façam seja guiado pelos adultos.
A professora deve passar confiança para seus alunos, deve se manter calma nas diversas situações que acontecem, para que as crianças confiem. As crianças sentem e reagem às atitudes impacientes ou compreensivas dos professores, por isso é muito importante que estes encarem a hora da aula como o momento de aprendizagem das crianças, deixando da porta para fora outras preocupações e ansiedades.

domingo, 9 de maio de 2010

Contação de histórias

A leitura de histórias para crianças é uma forma de trazer realidades diferentes daquela vivida pelas crianças, possibilitando a entrada num mundo de fantasia, o que também ajuda na resolução de conflitos, pois representamos nossas ansiedades a partir do que é lúdico, muitas vezes resolvendo problemas e aprendendo com as próprias brincadeiras. Representando os personagens das histórias, nos representamos e fica mais fácil colocar-se no lugar do outro, o que é fundamental para que os conflitos, que diariamente ocorrem, sejam resolvidos sem traumas.

A partir da leitura das histórias é que trazemos para o grupo de alunos na sala de aula, assuntos que necessitam ser trabalhados, iniciando o trabalho com determinada temática de uma forma lúdica. Por exemplo: para falar sobre o dia das mães e sobre as características de cada mãe antes contei uma história sobre mãe e filho “Assim tudo começou”. Após a leitura da história conversamos sobre como é a mãe de cada um. O objetivo para a história era levar as crianças ao mundo da fantasia, mas também explorar o que conhecem sobre sua própria origem, que antes de nascerem estavam dentro da barriga da mãe. A partir dessa conversa sobre a história, também recapitulando as partes da história, o diálogo seguiu sobre as características da mãe de cada aluno.

Aos três anos de idade as crianças são muito receptivas aos novos aprendizados, mas também precisam de atividades diversificadas para manterem a atenção, principalmente em tempos em que há tanto para se ver e ouvir, tantos brinquedos que chamam a atenção. Mesmo assim ainda hoje as crianças gostam muito de ouvir histórias e manusear livros de histórias infantis. As histórias lidas não podem ser longas, pois alguns alunos perdem a concentração facilmente depois de pouco tempo, o que pode desconcentrar os outros também. A melhor forma que encontrei para contar histórias, no caso da turma que trabalho este ano, é fazendo os alunos participarem, dialogando sobre a história durante a leitura da mesma. Sei que é importante acompanhar a leitura de uma história sem interrupções, e que devemos usar variadas metodologias para contar histórias, mas a mais eficiente até hoje está sendo a participação dos alunos. Mesmo sendo essa a forma mais eficiente para a contação de uma história, penso que é importante continuar apresentando outras formas de contar histórias, como fantoches, slides no computador, varal e até mesmo a leitura dos livros sem comentários ao longo da mesma. AS HISTÓRIAS NOS LEVAM A UM MUNDO DE FANTASIA QUE NOS AJUDA A RESOLVER CONFLITOS, NOS LEVANDO A NOVAS APRENDIZAGENS.