segunda-feira, 21 de junho de 2010

Observando as crianças

Durante cada aula é muito importante que a professora reserve um tempo para observar seus alunos, tanto nas atividades orientadas quanto na livres, pois é a partir das atitudes e reações das crianças que percebemos o quanto elas aprenderam.

Deixar que as crianças observem e tirem as suas conclusões acerca dos acontecimentos é uma forma de proporcionar crescimento intelectual e desenvolimento da autonomia do próprio aprendizado - não devemos dar as explicações prontas, mas indicar os caminhos para que as crianças descubram novos conhecimentos. A partir de um trabalho com a mistura das cores amarelo e azul os alunos perceberam imediatamente a mudança de cor para o verde - o que comprova o conhecimento que já possuem acerca das cores e promove um novo conhecimento prático: quando misturamos duas cores estamos criando outra cor. Embora essa informação tenha sido passada para os alunos várias vezes anteriormente, nas atividades com massinha de modelar por exemplo, é na prática da mistura das cores que os alunos visualizam e entendem o verdadeiro significado da mudança da cor, já que o conhecimento se torna mais significativo a partir do momento em que é prático, palpável.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PA na Educação Infantil

Eu estava tentando perceber as curiosidades das crianças para trabalhar um PA, mas é muito difícil, pois a turma que trabalho ainda é meio pequena para exercer a autonomia a este ponto. A curiosidade das crianças é evidente, pois sempre perguntam e querem ver e manusear os objetos e histórias, mas sempre a partir do que a professora apresenta - as curiosidades deles são momentâneas e práticas, visuais.

Um PA para ser desenvolvido com as crianças necessitaria de um tema escolhido pela professora, e muitas perguntas deveriam ser induzidas. Seria possível pesquisar algum assunto, mais por determinação da professora do que por iniciativa dos alunos, o que não quer dizer que não seja uma curiosidade dos alunos, mas ainda assim elaborada pela professora, a partir das observações realizadas em sala de aula.

Mesmo tendo este caminho para desenvolver um PA com crianças pequenas ainda é difícil encontrar tempo para anotar as curiosidades dos alunos, pois ainda envolvemos boa parte do tempo com cuidados básicos e conversas individuais para resolver conflitos cotidianos, tempo que poderia ser destinado à observação das atitudes das crianças.

sábado, 5 de junho de 2010

A minha turma de alunos

Trabalho na Escola Municipal de Educação Infantil Abelhinha, com uma turma de maternal, no turno da tarde. São quatorze crianças de três e quatro anos. São nove meninos e cinco meninas. Tem um aluno surdo. O planejamento é o mesmo para todos os alunos, porém, estou introduzindo, aos poucos, a língua de sinais, ensinado a todos os alunos os sinais mais básicos, pois é necessário que os colegas também identifiquem o que o colega surdo quer comunicar e que também consigam se fazer entender por ele. O ideal seria a interação deste aluno com outras crianças surdas, mas como não está sendo possível, penso que é válido esta interação que está havendo entre ele e as crianças ouvintes. Não é possível, como está organizada a escola, um trabalho individualizado com o aluno surdo, para ensinar os sinais, o que seria importante, mas isso também pode ser realizado em casa, onde a família ensina a língua de sinais, como se estivesse ensinando a falar, pois os sinais são a forma natural de a criança se comunicar. Não é uma tarefa fácil e rápida para a família, mas a escola e família trabalhando juntas, é possível faciliatar a comunicação com a criança surda. Ensinar a falar também não é fácil e nem tão rápido, pois as crianças ouvintes convivem com as palavras desde que nascem e só começam a pronunciar as primeiras palavras depois de aproximadamente um ano de vida – com o surdo não será diferente, é necessário tempo e disposição para entender e continuar ensinando os sinais, mesmo que não faça corretamente no início, as crianças quando pronunciam as primeiras vezes as palavras geralmente não as falam da maneira correta, vão aperfeiçoando a fala com a prática e o tempo. Com os surdos é a mesma coisa, desde que os adultos entendam que a limitação auditiva não precisa ser uma barreira de comunicação, mas é uma diferença na forma de comunicar. A criança surda deve ser tratada como uma criança normal, só que não ouve, mas é necessário seguir regras e respeitar os outros, assim como qualquer pessoa – não é porque tem uma limitação que deve ser tratada de forma diferente, ou mesmo ter prtivilégios por sua condição de surdo. Muitas vezes quando uma criança tem alguma limitação, é tratada como coitadinha e acaba tendo privilégios que podem deseducá-la.