sábado, 24 de abril de 2010

Interação e diferenças

A inclusão já está acontecendo, mas ainda é muito discutida, pois pode ter tanto efeitos positivos quanto negativos para as crianças com necessidades educacionais especiais.
Uma criança surda no meio de uma turma de ouvintes pode aprender a se comunicar de forma satisfatória, sendo que as ouvintes aprendem também na interção com o surdo, pois conhecem realidades diferentes da sua e que a comunicação não ocorre apenas verbalmente.
O problema é que a criança surda não vê o mundo com os ouvintes e quando precisamos de uma explicação mais detalhada sobre alguma coisa é mais difícil a comunicação. As pessoas surdas aprendem melhor se tiverem um ensino voltado para as suas necessidades - o que não é possível quando uma turma tem um aluno surdo e apenas uma professora, mesmo que esta professora conheça a língua de sinais e consiga se comunicar - E os outros? Também precisam de atenção. - Uma criança surda precisaria de mais atenção e também da interação com outras crianças surdas. Desta forma aprenderia muito mais.
A interação com o mundo ouvinte é importante, mas o aprendizado também. Se a criança surda é incluída numa turma de ouvintes ela vai aprender a se relacionar com ouvintes, assim como os ouvintes vão aprender a se relacionar bem com a criança surda. Se uma criança surda entra numa turma de surdos ela terá boa interação com os seus iguais e terá maiores possibilidades de sucesso em sua aprendizagem. Temos muito ainda o que pensar sobre a inclusão dos surdos em turmas regulares de ensino com apenas uma professora e sem outros surdos, pois neste caso, o surdo vai se sentir, em algum momento, excluído.

domingo, 18 de abril de 2010

Até onde as crianças podem chegar

É muito importante termos conhecimento sobre que tipo de atividade a criança pode executar a cada idade, pois de acordo com o nível de desenvolvimento cada pessoa vai adquirindo capacidade de fazer mais, de complexificar seus atos a partir do que já aprendeu.
É interessante ver que as crianças não pensam como os adultos, e que aos três anos de idade assimilam mais facilmente uma ordem, ou um aspecto de cada vez. Se acumularmos muitas informações a criança não absorve todas. Por exemplo: se for trabalhar as formas geométricas é importante não enfatizar também as cores, e se for trabalhar as cores é importante dar ênfase somente às cores, para que esta característica seja realmente assimilada pelas crianças - trabalhar cores e formas ao mesmo tempo confunde a cabeça das crianças desta idade.

O Estágio

Para mim o estágio estava previsto como uma atividade que seguiria o trabalho que eu já faço, porém com um planejamento mais bem estruturado, onde os objetivos e projetos trabalhados ficam registrados, pois no dia a dia escolar muitas vezes deixamos de registrar as coisas que fazemos, mesmo sendo importante.
O primeiro dia do estágio foi meio conturbado, com duas crianças novas, em adaptação, totalizando 14 alunos. Até o momento a turma estava sendo bem participativa e receptiva, mas dois alunos a mais numa sala meio pequena fazem diferença, o que se notou principalmente na agitação das crianças. Apesar da agitação fora do comum, e de eu não ter conseguido realizar todas as atividades planejadas considero um bom começo, mesmo já com uma caminhada iniciada.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Aula sobre o Estágio

Na Educação Infantil é extremamente necessário trabalhar questões básicas com os alunos, mas nem por isso menos importantes, pois é a partir do que já sabemos que vamos construindo novos conhecimentos. A motricidade ampla e fina, a oralização e socialização são habilidades que precisamos desenvolver bem, visto que quando a criança passa por cada fase de seu desenvolvimento de forma plena será mais feliz em suas realizações, sem pular ou apressar cada etapa. O brincar é a forma mais natural e espontânea de aprendizado para as crianças, pois as experiências vivenciadas durante o brincar nos fazem refletir, cada um a seu modo, e pensar melhor antes de vivenciá-las da próxima vez - aprendemos brincando - brincando nos relacionamos com os outros e com o mundo - brincar é viver experiências, mesmo que fantasiosas, é ensaiar para a vida - aprendemos com as nossas vivências, com as experiências.

A partir da conversa inicial com a orientadora do estágio, Ivani Ávila e a tutora Márcia Caetano pude perceber alguns pontos fundamentais, que mesmo trabalhando com esta faixa etária de alunos a alguns anos não havia pensado, pois além da prática e da teoria é necessário refletir para poder relacionar os aprendizados com a experiência, para então aprender maneiras de ajudar e orientar os alunos a construirem conhecimento.

Nós professoras costumamos planejar tudo, querendo talvez ter controle sobre a aula, mas precisamos sempre levar em consideração que esse planejamento deve ser flexível, e que deve ser reavaliado a cada aula, pois são os alunos os sujeitos do próprio aprendizado, e mesmo sendo pequenos possuem suas certezas e dúvidas sobre cada assunto, e é a partir disso que devemos pautar nosso trabalho, a partir do que as crianças já sabem e o que as interessa, também devemos encontrar maneiras de tornar a busca pelos conhecimentos uma atividade prazerosa, instigando a curiosidade nas crianças.